O vice-presidente de Rela��es Corporativas da Ambev, Milton Seligman, afirmou nesta ter�a-feira que as conversas com o governo sobre a quest�o de aumentos de tributa��o (PIS, Cofins e IPI) sobre bebidas frias (refrigerantes, cervejas, �gua mineral e ch�s) ainda n�o acabaram. "Estamos somente no campo das propostas. Como o assunto vira decreto tamb�m tem que ter o aval da presid�ncia e vamos ver o que acontece at� l�", disse o executivo. "Acredito que � poss�vel encontrar uma alternativa melhor do que nos foi proposto", completou.
Seligman, que tamb�m � vice-presidente da Associa��o Brasileira da Ind�stria do Refrigerante (Abir) e do Sindicato Nacional da Ind�stria da Cerveja (Sindicerv), participou do encontro na �ltima quinta-feira de representantes de empresas e associa��es do setor com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "O governo n�o quis aceitar nossa sugest�o de n�o mexer na tabela de incid�ncia dos impostos por mais um ano (a �ltima revis�o foi em janeiro de 2009)", disse.
Segundo o executivo, o governo alegou que � a hora de frear um pouco o consumo e que tem necessidade de arrecadar mais. A proposta do governo foi para um porcentual de aumento na tabela de 17%. "Esse porcentual � extremamente ruim para a economia, para o consumidor e para o setor. Acho que podemos chegar em um porcentual no qual o governo consiga arrecadar mais e n�s consigamos manter os aportes, que seria por volta de 6%, 7%", declarou o vice-presidente.
O setor prop�s a manuten��o da tabela de incid�ncia de impostos em troca de investimentos de R$ 7,7 bilh�es neste ano, com a cria��o de 60 mil empregos, o que resultaria em mais de R$ 1 bilh�o de arrecada��o por ano aos cofres p�blicos. "J� estamos cientes de que alguma altera��o haver�. Sabemos que teremos que reajustar pre�os ao consumidor. Mas, se de repente for aprovado um aumento na base c�lculo dos tributos entre 6% e 7%, n�o vejo grande necessidade de mudar os planos de investimentos apresentados pelo setor neste ano", afirmou Seligman. Somente a Ambev prev� investimentos de at� R$ 2,5 bilh�es no Pa�s em 2011.