O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro, que a interven��o da Organiza��o dos Estados Americanos (OEA) contra a constru��o da Usina Hidrel�trica Belo Monte, no Par�, “� um problema de mobiliza��o de grupos contr�rios a n�s termos produ��o de energia el�trica naquela regi�o”. O ministro da Defesa participou de uma confer�ncia internacional promovida pelo Centro Brasileiro de Rela��es Internacionais (Cebri) e pelo instituto ingl�s Chatham House.
Em carta encaminhada ao governo brasileiro, a Comiss�o de Direitos Humanos da OEA afirmou que a integridade dos ind�genas estaria em risco, em fun��o do impacto socioambiental da constru��o da usina.
Jobim assegurou que o Brasil � um dos pa�ses que mais respeitam as quest�es ind�genas no mundo. Salientou, entretanto, que preservar a integridade ind�gena n�o significa atrelar uma popula��o amaz�nica, de cerca de 20 milh�es de pessoas, ao subdesenvolvimento. “N�s precisamos dar solu��es econ�micas a essas pessoas porque, se n�o dermos, n�s as empurraremos para a ilegalidade”. � uma quest�o de sobreviv�ncia, frisou.
“Portanto, a OEA v� cuidar de outros assuntos. N�o este”. Jobim disse que a manifesta��o intempestiva da comiss�o da OEA “n�o se processualizou". "Apareceu na OEA. E, como apareceu, foi devolvida”, concluiu o ministro.