
Em Sanya, no Sul da China, a presidenta Dilma Rousseff e os demais chefes de Estado dos pa�ses que comp�em o Brics – a R�ssia, �ndia, China e, partir de hoje, a �frica do Sul – defenderam nesta quinta-feira mudan�as no sistema monet�rio internacional, o estabelecimento de um sistema monet�rio est�vel, confi�vel, com ampla base internacional de reserva. A posi��o foi referendada no comunicado Declara��o de Sanya.
As informa��es s�o da ag�ncia estatal da China, a Xinhua. "A crise financeira internacional exp�s as insufici�ncias e defici�ncias do atual sistema monet�rio e financeiro internacional", diz a declara��o emitida depois da reuni�o de c�pula dos l�deres dos pa�ses do Brics.
Para Dilma Rousseff, o presidente russo, Dmitry Medvedev, o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, e o presidente sul-africano, Jacob Zuma, � fundamental alterar as estruturas do Banco Mundial e do Fundo Monet�rio Internacional (FMI) considerando os avan�os alcan�ados por esses pa�ses no cen�rio internacional.
O assunto foi tema da terceira c�pula dos pa�ses do Brics, reunidos na China. Para os presidentes e o primeiro-ministro indiano, a estrutura de gest�o das institui��es financeiras internacionais deve refletir as mudan�as na economia mundial e aumentar a voz e a representa��o das economias emergentes, bem como as na��es em desenvolvimento.
Os l�deres dos cinco pa�ses apelaram ainda para que sejam intensificadas a fiscaliza��o financeira internacional e a reforma para melhorar a coordena��o pol�tica, bem como a regula��o financeira e supervis�o de coopera��o para promover o desenvolvimento dos mercados financeiros e sistemas banc�rios.
Durante a reuni�o hoje, Dilma, Hu Jintao, Medvedev, Singh e Jacob discutiram a recupera��o econ�mica mundial - que at� o fim do ano passado ainda estava sob a sombra das incertezas causadas pela crise que atingiu principalmente os Estados Unidos e outros pa�ses ricos.
Segundo os l�deres, as principais economias devem coordenar suas pol�ticas macroecon�micas para estimular um crescimento seguro, sustent�vel e equilibrado de forma global. Juntos, os pa�ses que comp�em o Brics representam 40% da popula��o mundial e 18% do com�rcio do mundo.
De 2003 a 2010 houve um aumento de 575% na corrente de com�rcio entre o Brasil e os pa�ses do Brics (as trocas passaram de US$ 10,71 bilh�es em 2003 para US$ 72,23 bilh�es em 2010). C�lculos preliminares indicam que o com�rcio total entre esses pa�ses passou de US$ 38 bilh�es em 2003 para US$ 143 bilh�es em 2009 e para US$ 220 bilh�es, em 2010.