Os consumidores de Minas Gerais e outros quatro estados brasileiros v�o come�ar a pagar a partir do pr�ximo m�s, pela decis�o do governo de estender por mais 25 anos uma esp�cie de imposto que encarece a conta de luz. A prorroga��o da chamada Reserva Global de Revers�o (RGR) impactou o porcentual de reajuste aprovado, al�m do aumento das tarifas autorizado nas �ltimas semanas pela Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel).
O RGR � cobrado dos consumidores de energia el�trica h� mais de 50 anos e garante dinheiro para a Uni�o indenizar empresas no caso de devolu��o da concess�o p�blica. A extin��o estava prevista para 31 de dezembro de 2010,
No interior de S�o Paulo, os clientes da CPFL Paulista ter�o de desembolsar R$ 35,2 milh�es com o pagamento da chamada RGR, um aumento de quase 73% em rela��o ao que foi pago no ano passado. A tarifa de energia cobrada pela CPFL, que atende 234 munic�pios do interior paulista, sofreu reajuste m�dio de 7,38%. A manuten��o da RGR respondeu por 0,6 ponto porcentual desse aumento, conforme o diretor da Aneel, Juli�o Coelho, em seu voto sobre o reajuste da concession�ria.
Cemig
Esse efeito tamb�m foi reproduzido nas tarifas da Cemig (MG), da Cemat (MT), da Enersul (MS) e da Ampla (RJ). No caso dos clientes da distribuidora de energia mineira, a despesa com o pagamento da RGR mais que dobrou, passando de R$ 40,3 milh�es para R$ 82,5 milh�es. “N�o houvesse a prorroga��o da RGR, esses R$ 40 milh�es virariam zero”, disse o diretor da Aneel, Romeu Rufino, na vota��o do reajuste da Cemig, que atende 774 munic�pios.
A Cemat det�m o maior aumento entre os autorizados at� agora pela Aneel. O valor estimado � 152% maior que o do �ltimo ano. A tarifa da empresa, que atende consumidores em 141 munic�pios de Mato Grosso, sofreu reajuste m�dio de 18,06%. A RGR respondeu por quase 10% dessa eleva��o. O menor impacto ser� sentido pelos clientes da Ampla, que opera no interior do Rio, onde a previs�o de aumento � de apenas 1,56%.