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Estado de Minas

Melhora da d�vida p�blica foi abandonada, dizem economistas


postado em 18/04/2011 09:31

A fatia da d�vida p�blica indexada a taxas flutuantes - a mais danosa para o pa�s - est� estagnada nos �ltimos tr�s anos. Depois de uma queda expressiva desde 2003, quando representavam mais de 60% do endividamento do Brasil, esses t�tulos terminaram 2010 em 30,8% do total da d�vida, o mesmo patamar de dezembro de 2007 (30,7%). Se inclu�das as opera��es do Banco Central (BC), o porcentual vai a 42,6%.

De acordo com estudo elaborado pelos economistas Gustavo Loyola, Samuel Pess�a e Felipe Salto, da Tend�ncias Consultoria Integrada, o governo est� negligenciando a pol�tica de melhorar o perfil da d�vida p�blica brasileira para privilegiar a compra de reservas internacionais, na tentativa de conter a

valoriza��o do real, e para fazer robustos empr�stimos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES).

O Tesouro Nacional nega a estagna��o do processo e afirma que n�o abandonou a pol�tica de melhorar a qualidade do endividamento brasileiro. Segundo Ot�vio Ladeira, coordenador-geral do planejamento estrat�gico da d�vida p�blica, o cen�rio de incerteza da crise global dificultou a tarefa nos �ltimos anos.

Os t�tulos p�s-fixados s�o indexados a taxas de juros flutuantes principalmente a Selic (a taxa b�sica de juros da economia). Isso significa que sua remunera��o varia conforme o desempenho da economia brasileira e o cen�rio internacional. Geralmente, quando o Pa�s vai mal, os juros sobem. J� os t�tulos pr�-fixados tem prazo mais longo e juros fixos, por isso s�o mais “saud�veis” para a economia.

Para Loyola, Pess�a e Salto, o efeito da troca de pap�is flutuantes por pr�-fixados feita pelo Tesouro est� sendo prejudicado pela venda e recompra de t�tulos da d�vida pelo Banco Central - as opera��es compromissadas. Essas opera��es s�o feitas para compensar o aumento de liquidez provocado pela compra de reservas internacionais, que sa�ram de US$ 49,3 bilh�es em 2003 para mais de US$ 320 bilh�es.

Ao comprar d�lares para conter a valoriza��o do c�mbio, o BC inunda o mercado de reais e � obrigado a enxugar o excesso, vendendo t�tulos do Tesouro, com compromisso de recompra e pagando taxa Selic. Os empr�stimos do BNDES t�m o mesmo efeito, porque aumentam a liquidez, obrigando o BC a realizar mais opera��es compromissadas. Turbinado pelo Tesouro, o BNDES emprestou mais de R$ 230 bilh�es.


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