A emiss�o de R$ 5,25 bilh�es para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) elevou a d�vida p�blica em mar�o. Segundo dados divulgados h� pouco pelo Tesouro Nacional, o estoque da D�vida P�blica Federal (DPF) aumentou 1,39%, passando de R$ 1,671 trilh�o em fevereiro para R$ 1,695 trilh�o no m�s passado.
A d�vida p�blica mobili�ria (em t�tulos) interna subiu 1,61% no per�odo, passando de R$ 1,586 trilh�o para R$ 1,611 trilh�o. Os principais fatores que provocaram a alta foram a emiss�o, pelo Tesouro, de R$ 6,87 bilh�es a mais em t�tulos do que resgatou e o reconhecimento de juros no valor de R$ 16,39 bilh�es.
A ajuda ao BNDES foi o principal fator que impulsionou a emiss�o l�quida de t�tulos p�blicos. Uma medida provis�ria editada no in�cio do ano autorizou o Tesouro Nacional a emprestar R$ 22 bilh�es para o banco financiar as obras do trem de alta velocidade (TAV) que vai interligar as cidades de Campinas, S�o Paulo e Rio de Janeiro.
A DPF s� n�o subiu mais porque a d�vida p�blica externa caiu 2,63% no m�s passado, de R$ 85,79 bilh�es para R$ 83,53 bilh�es. O principal fator foi a queda de 1,95% do d�lar, no m�s passado.
A participa��o dos t�tulos prefixados na d�vida interna aumentou de 34,72% em fevereiro para 35,62% em mar�o. A fatia dos t�tulos vinculados � taxa b�sica de juros (Selic) caiu de 35,99% para 35%. A participa��o dos t�tulos corrigidos pela infla��o passou de 29,56% para 29,8%, praticamente est�vel.
Com a taxa definida com anteced�ncia, os t�tulos prefixados s�o prefer�veis para o Tesouro Nacional porque d�o maior previsibilidade para a administra��o da d�vida p�blica. Em contrapartida, os pap�is vinculados � Selic representam mais risco porque pressionam a d�vida para cima em �pocas de aumento dos juros b�sicos.
O prazo m�dio da DPF ficou est�vel em 3,64 anos em mar�o. O Tesouro Nacional n�o divulga o resultado em meses, apenas em anos. Apesar do alongamento do prazo, a participa��o dos vencimentos nos pr�ximos 12 meses aumentou de 23,6% para 23,98%. Prazos mais longos s�o favor�veis para o Tesouro porque representam tempo maior para renovar a d�vida p�blica.
Por meio da d�vida p�blica, o governo pega emprestado recursos dos investidores para honrar compromissos. Em troca, o Tesouro se compromete a devolver os recursos com alguma corre��o, que pode ser definida com anteced�ncia, no caso dos t�tulos prefixados, ou seguir a varia��o da taxa Selic, da infla��o ou do c�mbio.