Os pa�ses da Am�rica Latina, entre eles o Brasil, com seus recursos naturais, ter�o um papel fundamental no desafio de aumentar a produ��o mundial de alimentos, de acordo com avalia��o de participantes do F�rum Econ�mico Mundial na Am�rica Latina de 2011, que ocorre no Rio de Janeiro. O Banco Mundial acredita que ser� preciso elevar em 80% a atual produ��o mundial de alimentos para abastecer a popula��o em 2050. Representantes de entidades e empresas ligadas � agricultura discutiram, em um dos pain�is do F�rum, como atender � demanda e transformar a produ��o de alimentos num motor para o crescimento, com participa��o do setor privado.
Segundo a vice-presidente para a Am�rica Latina e Caribe do Banco Mundial, Pamela Cox, moderadora do painel, os desafios est�o em conseguir ajustar oferta e demanda de alimentos de forma ambientalmente sustent�vel. Mas, para isso, de acordo com ela, ser� necess�rio resolver quest�es como barreiras ao com�rcio mundial e gargalos de infraestrutura. "A Am�rica Latina pode ser parte desta solu��o (da escassez de alimentos)", afirmou Cox.
Para Pedro Parente, presidente da Bunge Brasil, n�o � poss�vel resolver o problema sem enfrentar os gargalos de infraestrutura. Ele lembra que os custos da Bunge com log�stica para transporte de soja s�o quatro vezes maiores no Brasil (US$ 84 por tonelada) do que nos Estados Unidos (US$ 21 por tonelada). "Poder�amos, por exemplo, aumentar em 50% a produ��o no Mato Grosso sem cortar uma �rvore sequer se tiv�ssemos uma infraestrutura melhor", acrescenta. "Podemos transformar a agricultura num motor de crescimento, se resolvemos os problemas de infraestrutura."
Rodrigues lembra que pa�ses da Am�rica Latina, da �frica subsaariana e da �sia apresentam o maior crescimento populacional e aumento de renda e, consequentemente, tamb�m a maior demanda potencial por alimentos. Segundo ele, tamb�m est�o entre estes pa�ses as melhores oportunidades para aumento de produ��o, devido � abund�ncia de sol e terras.
O presidente de Bebidas para a Am�rica Latina da PepsiCo, Luis Montoya, lembrou que h� muito mais volatilidade nos pre�os do setor aliment�cio hoje do que no passado, com impacto forte da varia��o cambial e at� a influ�ncia de especuladores, como hedge funds. "O aumento de pre�os afeta produtores e todos os participantes deste mercado", disse. "Sem todas essas oscila��es poderia haver mais investimentos em tecnologia."
O presidente de com�rcio global e investimento da Greenberg, James Bacchus, defendeu a continua��o da Rodada de Doha, sobre liberaliza��o do com�rcio mundial, como uma forma de promover o barateamento dos alimentos. "O Brasil junto com outros pa�ses concentram a produ��o de alimentos e s�o afetados por barreiras (comerciais)", disse. "A Rodada Doha tem que continuar."