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Estado de Minas

Brasil precisa de pol�ticas macroecon�micas e de reforma tribut�ria para ser mais competitivo


postado em 18/05/2011 18:07 / atualizado em 18/05/2011 18:15

O Brasil carece de pol�ticas integradas macroecon�micas e reforma tribut�ria para tornar as exporta��es mais competitivas. A opini�o foi consenso entre os participantes da mesa de debates esta manh�, durante o 23º F�rum Nacional, no Rio.

O ex-presidente do Banco Central e professor da USP Affonso Pastore defendeu que os ganhos de rela��es de trocas e a depend�ncia da poupan�as interna e externa condenam o Brasil a ter uma moeda mais forte do que se gostaria para o pa�s ser mais competitivo na �rea de com�rcio exterior.

“No Brasil as poupan�as dom�sticas s�o baixas e os investimentos dependem da complementa��o de poupan�as externas que s�o absorvidas por meio de aumento de importa��es l�quidas. Isso leva � valoriza��o do c�mbio real. Se n�o quisermos aumentar nossas poupan�as, precisamos mudar o regime fiscal e cortar gastos para ganharmos competitividade”, disse.

Segundo Pastore, algumas solu��es para o problema seriam: mudar o regime fiscal, cortar gastos, elevar a taxa de investimentos, reformar o Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS), com a cria��o da uniformidade de al�quotas, por exemplo.


Para o presidente da Associa��o de Com�rcio Exterior do Brasil, Jos� Augusto de Castro, a alta do c�mbio tem contribu�do para a desindustrializa��o do Brasil. “Os produtos manufaturados representam 36% do Produto Intern Bruto (PIB) e a tend�ncia � que v� diminuindo mais e mais. O super�vit deve-se �s commodities. Os produtos manufaturados t�m d�ficit comercial. Isto indica um princ�pio de desindustrializa��o. A importa��o de bens de consumo est� crescendo muito mais percentualmente do que importa��es de mat�ria prima para bens intermedi�rios, o que n�o acontecia no passado”, afirmou.

O economista Raul Wagner dos Reis Velloso comentou que sem ajuste sustent�vel, dificilmente o Brasil continuar� a manter a receita crescendo fortemente. “� louv�vel o aumento dos investimentos da Uni�o, de 1,2% do PIB, e o governo tem realmente se esfor�ado para conter gastos sem fazer reformas, mas resta saber se isso � sustent�vel”, disse Velloso.

O Secret�rio do Tesouro Nacional, Arno Augustin, rebateu as cr�ticas e disse que o governo est� no caminho certo e n�o tem previs�o de crescimento da taxa tribut�ria. “A gente respeita todas avalia��es, mas a an�lise feita pelo Banco Central e pela Secretaria do Tesouro mostra claramente melhoria forte, este ano, da nossa situa��o fiscal”.

Augustin garantiu que o pa�s tem condi��es de manter a sustentabilidade da situa��o fiscal. “Nossa d�vida liquida com o setor p�blico, que j� foi de 60% do PIB, agora est� em menos de 40% do PIB, ou seja, uma redu��o de cerca de 20% do PIB em menos de dez anos. E isso � reconhecido pelo mercado financeiro internacional e se reflete no grau de investimento e nos pre�os dos t�tulos brasileiros. Nossos t�tulos t�m tido taxas muito melhores que os de outros pa�ses em desenvolvimento”, afirmou.


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