Um dia depois do lan�amento da candidatura de Christine Lagarde � dire��o do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), o presidente franc�s, Nicolas Sarkozy, admitiu que o conselho de administra��o do FMI fa�a concess�es aos emergentes. Em compensa��o pela eventual elei��o de sua ministra de Economia, o chefe de Estado sugeriu que outras nomea��es no comando do fundo dever�o levar em conta a nacionalidade do escolhido.
Questionado durante a reuni�o de c�pula do G-8 (grupo das maiores economias do mundo), em Deauville, Sarkozy abriu espa�o para que os pa�ses em desenvolvimento reivindiquem os cargos de dire��o, sem indicar se estava se referindo � fun��o de diretor-gerente adjunto ou de economista-chefe da institui��o.
Segundo Sarkozy, diante da crise das d�vidas soberanas da Gr�cia da Irlanda e de Portugal, o mais oportuno � que um l�der pol�tico oriundo da Uni�o Europeia exer�a o cargo, em substitui��o ao tamb�m franc�s Dominique Strauss-Kahn, acusado de viol�ncia sexual em Nova York. “N�s acreditamos que o mais adaptado seja que o diretor-gerente do FMI seja um europeu”, reiterou.
Mas Sarkozy fez uma concess�o. “� certo que, ao final do processo (eleitoral), se forem ocorrer outras nomea��es no FMI, ser� certamente necess�rio levar em considera��o a nacionalidade a origem do novo diretor-geral”, afirmou o presidente franc�s, completando: “� evidente. O multiculturalismo deve se aplicar ao FMI, como a todas as outras organiza��es internacionais”.