Mesmo com seus autom�veis sendo liberados a conta-gotas para entrada no Brasil e com a amea�a do ministro de Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, de expandir as licen�as n�o autom�ticas para outros produtos, a Argentina transmite confian�a em um desenlace para a crise comercial entre os dois pa�ses. Nesta quinta-feira � noite, a ministra de Ind�stria do pa�s vizinho, D�bora Giorgi, afirmou que "as negocia��es com o Brasil v�o prosperar, porque se trata de um s�cio estrat�gico e existe boa vontade pol�tica de ambos os pa�ses para chegar a um acordo".
Fonte do minist�rio argentino confirmou que o secret�rio executivo do MDIC, Alessandro Teixeira, vai telefonar para seu colega argentino, Eduardo Bianchi, na segunda ou na ter�a-feira da semana que vem, para marcar a data da segunda rodada de negocia��es. At� l�, o governo brasileiro vai realizar consultas aos diferentes setores que enfrentam barreiras argentinas para transmitir a proposta de Bianchi de estabelecer cotas informais das vendas ao mercado argentino.
Os setores envolvidos nestas negocia��es s�o os de t�xteis, cal�ados, eletrodom�sticos, m�quinas e equipamentos agr�colas, alimentos, pneus e baterias.
A fonte argumentou que o d�ficit de manufaturas industriais da Argentina com o Brasil, no primeiro quadrimestre, foi de US$ 2 214 bilh�es. A balan�a comercial total, nesse mesmo per�odo, foi deficit�ria em US$ 1,023 bilh�o para a Argentina. As exporta��es do Brasil para o pa�s vizinho cresceram 32,5%, comparando-se ao acumulado dos primeiros quatro meses de 2011 com o mesmo per�odo de 2010, segundo a fonte. Com esses n�meros, a ministra tenta sensibilizar o governo brasileiro.
O otimismo da ministra argentina em encontrar uma solu��o para o conflito com o Brasil tamb�m foi alimentado pela not�cia de que a argentina Companhia Naviera Horamar ganhou a licita��o para a constru��o de seis navios petroleiros para a Petrobras. Com investimentos estimados em US$ 450 milh�es, a Horamar participou da licita��o associada �s companhias Navios South American Logistics e Hidronave South American Logistic do Brasil. O contrato tem dura��o de 15 anos e prev� a constru��o de seis navios Panamax, com capacidade para transportar 75 mil toneladas de petr�leo e combust�veis.