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Estado de Minas MOBILIDADE SOCIAL

Nos �ltimos 14 anos, 73% das fam�lias brasileiras mudaram de classe


postado em 19/06/2011 07:26 / atualizado em 19/06/2011 07:29

Muito se tem falado da nova classe m�dia brasileira, um contingente de mais de 30 milh�es de pessoas que saiu das camadas mais baixas e se tornou a base de sustenta��o do consumo no pa�s. Essa � a face mais badalada da mobilidade social vivida pelo

Brasil, beneficiado por um per�odo de estabilidade econ�mica sem precedentes em mais de tr�s d�cadas. Mas um levantamento da Consultoria IPC Maps, que acaba de sair do forno, revela um movimento de transforma��o bem mais robusto: 73% das fam�lias melhoraram de vida e experimentaram algum tipo de ascens�o social nos �ltimos 14 anos.

Trata-se de uma das maiores taxas de mobilidade vistas no mundo em um prazo t�o curto de tempo, acima dos registrados em pa�ses como a Su�cia (51,5%), Canad� (50,1%) e Estados Unidos (48%). S�o 143,8 milh�es de brasileiros que passaram a viver melhor e a satisfazer demandas reprimidas ao longo de anos, como a casa pr�pria, o primeiro ve�culo, a televis�o LCD, a internet em casa, a TV a cabo, a viagem de f�rias com toda a fam�lia para a praia — e, acima de tudo, educa��o e sa�de. "O controle da infla��o, a formaliza��o do mercado de trabalho e o acesso facilitado ao cr�dito empurraram os brasileiros para o consumo. N�o � toa o pa�s retomou o ciclo sustentado de crescimento, com excelentes perspectivas", analisa Marco Pazzini, diretor da Consultoria IPC Maps.

O resultado � que a participa��o de fam�lias na base da pir�mide, a classe E, encolheu: pelo menos 20,5 milh�es de pessoas deixaram a zona da pobreza, pois viviam com renda familiar de, no m�ximo, R$ 705, e passaram a ocupar os extratos de renda logo acima, da classe D e C, conforme refor�a estudo da Funda��o Getulio Vargas (FGV). Seguindo o mesmo movimento, outras 2,5 milh�es que j� estavam na D galgaram os degraus at� a C — que hoje totaliza 103 milh�es de cidad�os, mais da metade da popula��o do Brasil. Com isso, o or�amento engordou e ficou mais folgado. Mas o maior crescimento em termos percentuais ocorreu nas classes B e A, nas quais os rendimentos mensais est�o acima de R$ 4.854 e de R$ 6.329, respectivamente. Cerca de 6,6 milh�es de pessoas passaram a integrar o topo da pir�mide.

Muito esfor�o As estat�sticas j� destacam um segundo movimento mais forte, desta vez da classe C em dire��o � B. De 2010 para c�, enquanto a primeira cresceu 7,3%, a turma do segundo grupo mais alto da pir�mide social engordou 10,2%. “Agora, a nova onda de migra��o � para a classe B”, garante Pazzini. “Isso vai ocorrer por ser o grupo melhor qualificado profissionalmente para defender renda maior em um ambiente de continuidade do crescimento econ�mico", diz.

O mercado est� de olho na classe C, pelo seu tamanho e potencial de consumo, com poder de compra estimado em R$ 700 bilh�es, maior que os dos segmentos do topo, A e B. "� a maioria da popula��o e j� pode eleger sozinha um presidente da Rep�blica", lembra o economista Marcelo Neri, professor da FGV. Deve-se, principalmente, � nova classe C a mudan�a do formato da pir�mide social, que passou do hist�rico tri�ngulo invertido para um losango.

Na classifica��o da FGV, j� est� no degrau mais alto da pir�mide, ocupando a classe A, quem tem rendimento acima de R$ 6.329. Neri diz que as faixas de renda adotadas pela FGV retratam a classe m�dia mundial. "N�o � de fato a norte-americana, que tem dois carros na garagem", avisa. De qualquer forma, diz ele, ser classe m�dia � mais um estilo de vida. "� esperar um futuro melhor, querer subir na vida", afirma. Talvez isso explique por que o bilion�rio empres�rio Eike Batista, com fortuna avaliada em US$ 30 bilh�es e sempre em busca de novas oportunidades, se diz classe m�dia.


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