O governo grego prepara medidas adicionais para atingir suas metas or�ament�rias de 2011, permanecendo, ao mesmo tempo, comprometido com os cortes de investimentos de 6,4 bilh�es de euros j� prometidos aos credores institucionais internacionais, disse o porta-voz do governo, Elias Mossialos. O an�ncio foi feito em consequ�ncia da visita de emerg�ncia das equipes t�cnicas do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), da Uni�o Europeia e do Banco Central Europeu nesta semana, seguindo-se ao agravamento do impasse quanto � ajuda ao pa�s na reuni�o dos ministros das finan�as da zona do euro no �ltimo domingo e segunda-feira.
Diante da contesta��o recente dos deputados do partido socialista do governo, o gabinete procurou reduzir o impacto das novas medidas de austeridade exigidas pelos credores institucionais internacionais, voltando atr�s na cobran�a de impostos que originalmente seriam impostos para os trabalhadores de baixa renda, entre outras altera��es.
Mas as autoridades da Uni�o Europeia, do FMI e do BCE disseram que essas mudan�as ir�o criar um d�ficit de 3,5 bilh�es de euros no cumprimento da meta or�ament�ria desse ano. As autoridades europeias e o FMI exigem da Gr�cia a aprova��o de novas medidas de austeridade pelo Parlamento para a libera��o da quinta tranche de 12 bilh�es de euros, do programa de ajuda de 110 bilh�es de euros concedido no ano passado. Sem esses recursos, a Gr�cia n�o conseguir� honrar seus compromissos com d�vida de julho. Ao mesmo tempo, a Gr�cia precisa da aprova��o das medidas para que uma nova ajuda seja disponibilizada ao pa�s, com a qual ser� capaz de sobreviver nos pr�ximos anos.
A popula��o grega e a oposi��o continuam criticando a imposi��o de mais medidas de austeridade pelo governo, tendo em vista que o pa�s enfrenta uma forte recess�o. Uma nova greve geral foi convocada para os dias 28 e 29 de junho, coincidindo com o debate no Parlamento sobre as medidas de austeridade.
O l�der do partido de oposi��o Nova Democracia, Antonis Samaras, reiterou que votar� contra as medidas de austeridade, as quais considera ir�o piorar a atual recess�o. "Precisamos de medidas corretivas para garantir que a economia grega se recupere e pague sua d�vida", disse. O partido socialista do governo, entretanto, tem uma maioria m�nima no Parlamento e a aprova��o da mo��o de confian�a no governo na ter�a-feira foi uma indica��o de que as medidas podem passar no Parlamento.
Mesmo que as medidas sejam aprovadas, h� temores de que a falta de uni�o entre as lideran�as acabe impedindo que os cortes de gastos e aumentos de impostos sejam efetivamente implementados. Hoje, algumas autoridades de governo europeus voltaram a pedir que os partidos pol�ticos trabalhem juntos.
A gravidade da situa��o grega deve levar a chanceler alem�, Angela Merkel, e o presidente franc�s, Nicolas Sarkozy, a se reunirem novamente hoje para discutir o assunto. O encontro ocorreria em paralelo � reuni�o de c�pula da Uni�o Europeia, destas quinta-feira e sexta-feira em Bruxelas. O primeiro-ministro da Gr�cia, George Papandreou, e o presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, tamb�m estariam no encontro.
Em quest�o, al�m da libera��o da quinta tranche do pacote do ano passado, est� o novo programa de ajuda, no qual haveria a participa��o dos credores privados. Ap�s semanas de impasse, os l�deres da Alemanha e da Fran�a concordaram que esses credores deveriam participar voluntariamente do novo pacote. Agora, os governos trabalham junto aos bancos privados para ver como seria tal participa��o, sem causar perdas financeiras a eles, o que seria entendido como um calote na d�vida da Gr�cia e provocaria um novo caos no mercado financeiro. As informa��es s�o da Dow Jones.