
“A procura no ano passado foi suprida, com 56.426 tratores. Este ano estimamos algo em torno de 48 mil tratores, o que continua bastante consider�vel”, explica Rigoni. Vale lembrar que � dif�cil bater as vendas em um ano de n�meros recordes. No entanto, setores como o cafeicultor, que ainda est� contando com o pre�o da saca nas alturas, devem demandar novas m�quinas, de acordo com ele.
Outro aspecto que pode contribuir para os bons resultados das vendas de m�quinas agr�colas para os pr�ximos anos � a idade da frota brasileira, segundo Carlito Eckert, diretor de Opera��es Comerciais da Agco no Mercosul. O executivo do grupo que controla a Massey Fergusson ressalta que 40% dos tratores em opera��o no Brasil t�m mais de 20 anos: “� grande o potencial de renova��o, especialmente aquecido pelos bons resultados dos diversos setores, sejam c�tricos, de caf�, cana, soja ou milho”.
Pedro Scaravini, gerente regional da Case em Minas, destaca que as novas m�quinas trazem retorno financeiro concreto, por conta dos avan�os tecnol�gicos. A marca, que junto � New Holland � ligada � CNH, divis�o da Fiat para m�quinas agr�colas, mant�m, justamente por isso, foco intenso em treinamentos para o setor. Em Minas, os cursos s�o realizados nas principais concession�rias, em Alfenas, Carmo do Parana�ba, Passos, Uberaba e Uberl�ndia.
Sem receita
A concession�ria de Homero Duarte Junior, em Alfenas, � uma delas. “N�o existe uma receita de bolo para o sucesso com a tecnologia, mas � importante fazer as coisas na hora certa, porque a agricultura n�o te d� tempo de errar. Por isso, os treinamentos de opera��o das novas m�quinas s�o t�o importantes.”
Dentre os novos recursos, o tamb�m produtor rural destaca os equipamentos cabinados, que d�o mais seguran�a para o trabalhador do campo, al�m da precis�o de pulverizadores munidos de piloto autom�tico e GPS, bem como m�quinas que medem a produtividade instantaneamente, mapeiam o terreno e calculam a quantidade de nutrientes em d�ficit em tais ou tais �reas.
Diante de tanta automatiza��o, fica a d�vida: o produtor tradicional n�o perde o prazer vendo o trabalho t�o friamente calculado? Homero Duarte � certeiro na resposta: “De jeito nenhum. O prazer e a alegria s�o os mesmos. � uma profiss�o que gera recursos para o planeta tocar a vida. Jamais vai perder a gra�a, est� na alma da gente”.