Meta de infla��o dar� flexibilidade em meio a incertezas externas, diz secret�rio

A manuten��o da meta de infla��o em 4,5% para 2013, com toler�ncia de dois pontos percentuais para mais ou para menos, dar� flexibilidade ao governo, em meio �s incertezas da economia internacional. A avalia��o � do secret�rio de Pol�tica Econ�mica do Minist�rio da Fazenda, M�rcio Holland.

Ao anunciar a manuten��o do percentual, o secret�rio afirmou que o regime de metas tem tido sucesso, apesar dos riscos de infla��o para 2011 e 2012. “O regime de metas � estrat�gico para a pol�tica monet�ria e tem se mostrado exitoso. Desde 2005 a infla��o est� dentro da banda de toler�ncia", ressaltou.

De 2005 a 2010, a infla��o oficial pelo �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou abaixo do centro da meta em tr�s anos: 2006, 2007 e 2009.

Nos outros tr�s anos, no entanto, o �ndice ficou acima de 4,5%, mas n�o ultrapassou o teto de 6,5%.

O secret�rio destacou que a pesquisa com institui��es financeiras divulgada pelo Banco Central todas as semanas prev� que o IPCA ficar� dentro do intervalo da meta de 2011 e 2012. Ele admitiu, no entanto, que os riscos externos poder�o interferir na infla��o. "A determina��o do governo � manter a infla��o sob controle e enveredar esfor�os para menores infla��es no futuro, mas o ambiente internacional n�o � o mais favor�vel", disse.

Os principais riscos para a infla��o no futuro s�o os pre�os do petr�leo e de alimentos e min�rios com cota��o internacional (commodities). Segundo Holland, tamb�m h� menos otimismo em rela��o ao crescimento da economia global. “O ambiente internacional ainda inspira cuidados. Esperamos que os pa�ses da zona do euro superem suas dificuldades, e que o mercado americano tamb�m se recupere”, avaliou.

Para o secret�rio, a margem de toler�ncia de 2 pontos percentuais permitir� que o pa�s absorva esses choques de pre�os sem o risco de estourar o teto da meta de infla��o. “Essa decis�o d� uma flexibilidade necess�ria e compat�vel com o potencial produtivo do pa�s”, afirmou.

Com a manuten��o, o centro da meta de infla��o permanecer� em 4,5% pelo nono ano seguido. Desde 2005, o centro est� fixado em 4,5%. A banda de dois pontos percentuais est� em vigor desde 2006. At� o ano anterior, esse intervalo era 2,5 pontos.