Tecnologia de �ltima gera��o usa a precis�o de n�utrons para analisar, como uma esp�cie de raio-x, cada componente do Cimento Nacional que sai h� dois meses da f�brica do grupo pernambucano Ricardo Brennand em Sete Lagoas, na Regi�o Central de Minas. A sofistica��o do equipamento, ainda rara no Brasil, vai al�m de um sinal dado aos concorrentes. O crescimento da constru��o civil, impulsionado pela enxurrada recente do cr�dito imobili�rio e as necessidades de infraestrutura no pa�s, abriu caminho para uma surpreendente expans�o da ind�stria do cimento. Maior produtor da mat�ria-prima no Brasil, Minas se beneficia de um novo ciclo de investimentos da ordem de R$ 1,5 bilh�o, anunciados pelo setor nos �ltimos dois anos. Os recursos prometem a cria��o de 1.054 empregos diretos no estado, conforme levantamento feito pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econ�mico.

No acesso ainda em fase de acabamento � f�brica, carretas do Rio Grande do Sul, Paran� e Santa Catarina aguardam para abastecer S�o mais de 600 quil�metros de dist�ncia de Sete Lagoas � divisa catarinense com territ�rio ga�cho. “O mercado de consumo nos surpreendeu. Imagin�vamos s� come�ar uma amplia��o quando a f�brica completasse dois anos em opera��o”, conta Eduardo Ramos.
Apostas
Para atender a demanda, a Cimento Lafarge investiu R$ 60 milh�es na moderniza��o de suas plantas em Minas, sendo R$ 18 milh�es na f�brica de Montes Claros, cuja capacidade de produ��o foi ampliada para 1 milh�o de toneladas por ano. O grupo tamb�m realiza investimentos nas f�bricas de Matozinhos, Arcos e Santa Luzia. “Temos projetos de expans�o de capacidade programados para os pr�ximos anos”, diz Rog�rio Silva, diretor comercial da empresa.
A concorrente Cimento Liz tamb�m confirmou que estuda investimentos na expans�o de suas atividades em Vespasiano e Lagoa Santa. A empresa produz 2 milh�es de toneladas por ano. Outro projeto dado como certo � o que permitir� aumento da produ��o da f�brica da gigante Holcim em Barroso.
O que nos interessa
Sem garantia de pre�o menor
A expans�o da produ��o de cimento em Minas e o ingresso de novos investimentos, que al�m de refor�arem as linhas de produ��o deixam as empresas mais eficientes com m�quinas modernas, n�o significam necessariamente pre�os melhores para o consumidor nas lojas de materiais de constru��o. A ind�stria alega que o cimento representa menos de 2% da composi��o dos pre�os dos im�veis de baixa renda e se ampara nos custos altos da produ��o industrial no pa�s, afetada pela pesada carga tribut�ria, sempre que questionada sobre os rumos dos pre�os do produto. Ao consumidor resta pressionar as revendas por ofertas e negociar a compra.