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Estado de Minas

Centrais sindicais querem reverter no Congresso "pontos prejudiciais" do Plano Brasil Maior


postado em 02/08/2011 13:28 / atualizado em 02/08/2011 16:05

Nos pr�ximos dias, as centrais sindicais far�o “um pente-fino” nas propostas da nova pol�tica industrial (Plano Brasil Maior) que dever�o ser encaminhadas nesta ter�a-feira ao Congresso Nacional na forma de medida provis�ria (MP). O presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CTGB), Ubiraci Oliveira, defendeu a necessidade de se criar mecanismos para fortalecer a ind�stria nacional.

“Do jeito que a economia est� sendo conduzida valoriza a pol�tica de incentivo �s commodities, n�o gera renda nem emprego. Do jeito que a banda est� tocando, o pau vai quebrar no Congresso Nacional”, disse Ubiraci Oliveira. Ele acrescentou que, feita a an�lise do teor da MP, os sindicalistas criar�o uma agenda de mobiliza��o nos estados e no Congresso para reverter os pontos que considerarem prejudiciais aos trabalhadores.

O presidente da CTGB ressaltou que, ao contr�rio do que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva fez em 2008 na crise financeira mundial chamando os trabalhadores para discutir medidas de ajuste da economia, a presidenta Dilma Rousseff

excluiu as centrais sindicais das negocia��es dessa nova pol�tica. “Ao todo, 58 mil pessoas, dessas 55 mil em S�o Paulo, j� foram colocadas para fora do mercado de trabalho [desde o in�cio dessa crise econ�mica internacional]”, destacou Oliveira.

Para representantes da Central �nica dos Trabalhadores (CUT) e For�a Sindical, por exemplo, a simples desonera��o na folha de pagamentos com foco na Previd�ncia Social n�o se sustenta. O representante da CUT nacional, Claudir Nespolo, destacou que n�o adianta o Tesouro Nacional assumir uma parte dos 20% da contribui��o uma vez que “mexer com a Previd�ncia Social � um tema caro para as centrais sindicais”.

Ele tamb�m posicionou-se contr�rio � pol�tica econ�mica de aumento das taxas de juros para o controle da infla��o, “o que atende � press�o do mercado financeiro”. Ele qualificou os investidores desse setor como “amigos da on�a” uma vez que aplicam dinheiro na bolsa de valores brasileira e, quando obt�m os lucros esperados, repatriam esse capital. “Ficar ref�m do mercado n�o d� sustentabilidade, essas pessoas n�o produzem um prego sequer”, acrescentou Nespolo.

O representante da CUT nacional disse ainda que nas conversas com setores do governo foram apresentadas contribui��es para o fortalecimento da ind�stria nacional como pol�ticas de isen��es ao empresariado e redu��o de tributos, por exemplo. Assim, as empresas poder�o investir na qualifica��o profissional dos trabalhadores. “� preciso gerar emprego com qualidade. Temos que tirar o Brasil do trabalho prec�rio, informal, que continua sendo uma realidade do mercado nacional.”

Tadeu Moraes, da Executiva Nacional da For�a Sindical, ressaltou que trabalhadores e empres�rios j� discutiam em permanentes reuni�es uma agenda comum de propostas a serem levadas ao governo federal. “N�s e os empres�rios somos os mais interessados [em fortalecer a ind�stria nacional]”. Para ele, a pol�tica de desonera��o da folha com base na contribui��o previdenci�ria “acaba com os trabalhadores”. Moraes colocou em quest�o, por exemplo, a capacidade de o Tesouro Nacional bancar o compromisso de assumir a parte que ser� desonerada.

“Dizem que o Tesouro vai assumir essa diferen�a. Agora, quem vai garantir isso? E se for necess�rio desonerar outros setores da economia, o governo vai ter capacidade de arcar com esse �nus? N�o houve essa discuss�o [com os sindicalistas]”, afirmou o diretor da For�a Sindical.

Os sindicalistas participaram hoje de audi�ncia p�blica da subcomiss�o permanente em Defesa do Emprego e da Previd�ncia Social do Senado. Tamb�m participou do debate o economista Jos� Carlos de Assis, presidente do Instituto de Estudos Estrat�gicos para a Integra��o da Am�rica do Sul.

Para Assis, no Brasil a pol�tica econ�mica lastreada em commodities deixa de gerar empregos de qualidade e pode sucatear a ind�stria. Jos� Carlos de Assis acrescentou que os Estados Unidos est�o em processo de estagna��o e sem qualquer perspectiva de resolver seus problemas a curto prazo e, no caso dos pa�ses da comunidade europeia, a situa��o � de ajuste fiscal com tend�ncia de dirigir esfor�os para gerar excedentes export�veis.


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