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Estado de Minas

Dilma diz que Brasil tem dois obst�culos a vencer na pol�tica industrial


postado em 02/08/2011 13:31 / atualizado em 02/08/2011 16:05

Presidenta Dilma Rousseff, vice-presidente Michel Temer e o presidente do Senado, José Sarney, durante cerimônia de lançamento do Plano Brasil Maior (foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
Presidenta Dilma Rousseff, vice-presidente Michel Temer e o presidente do Senado, Jos� Sarney, durante cerim�nia de lan�amento do Plano Brasil Maior (foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta ter�a-feira que o Brasil tem dois obst�culos a vencer: o c�mbio desequilibrado e a diversifica��o da pauta de exporta��o para manufaturados com maior valor agregado.Para isso, disse a presidente, � preciso inovar e investir em pesquisa e desenvolvimento. "Este � o momento certo de agrega��o de valor".A presidente disse que o lan�amento do Brasil Maior � o governo fazendo a sua parte, mas tamb�m um chamamento da ind�stria. "Este � um plano estrat�gico da na��o". Segundo a presidente, o momento exige do Brasil coragem e ousadia para enfrentar as turbul�ncias no cen�rio econ�mico internacional.

Ao lan�ar o Programa Brasil Maior, Dilma defendeu o mercado interno e a ind�stria nacional. "� preciso proteger nossa economia, nossa for�a produtiva, nosso mercado consumidor e o emprego", afirmou. "� preciso defender nossa ind�stria e nosso emprego de uma guerra cambial que tenta reduzir nosso mercado interno, constru�do com esfor�o e dedica��o". A presidente salientou ainda que o governo est� lan�ando o programa como est�mulo � ind�stria. "� urgente discutir quest�es tribut�rias para o est�mulo produtivo e emprego", disse. "O nosso desafio � fazer esse trabalho sem recorrer ao protecionismo ilegal". "N�o recorremos a protecionismo que nos prejudica e criticamos."

Dilma fez um balan�o do cen�rio econ�mico e alertou para o fato de que o Pa�s n�o est� imune �s turbul�ncias. "O Brasil tem capacidade para enfrentar a crise, mas n�o pode se declarar imune aos seus efeitos". A presidente disse que o Pa�s tem 60% a mais de reservas em rela��o aos patamares de 2008, ano em que houve o recrudescimento da crise financeira internacional. "Assim como em 2008, o momento atual exige coragem e ousadia", repetiu.

A presidente fez refer�ncia � situa��o dos Estados Unidos. "Tudo indica que o Congresso americano aprove hoje um pacote de medidas que amplia a capacidade de endividamento dos EUA. Isso evitaria o pior, mas o mundo viver� um per�odo de tens�o". Ela ressaltou, no entanto, que a inseguran�a no mercado internacional continua. "O mundo vive problemas de insensatez e supremacia de ambi��es regionais ou corporativas", disse. "H� um excesso de liquidez de pa�ses ricos em rela��o a pa�ses em desenvolvimento, que gera desequil�brio cambial. E a instabilidade l� fora vai continuar", opinou. "O Brasil tem condi��es de enfrentar uma crise prolongada", concluiu.

Emprego e renda

A presidente Dilma Rousseff afirmou hoje que a ind�stria brasileira e os trabalhadores podem ter certeza de que o governo est� do lado deles. Segundo ela, da mesma forma que o governo n�o pode abrir m�o da inclus�o social para promover o desenvolvimento econ�mico, tamb�m n�o pode abrir m�o de uma ind�stria forte e competitiva. "Queremos uma ind�stria forte, com gera��o de emprego e renda", afirmou ela, durante discurso para lan�amento do plano Brasil Maior, no Pal�cio do Planalto.

Dilma afirmou que � un�nime no governo a vontade de defender a ind�stria nacional. "Pedi � minha equipe que avan�asse nas propostas e chegasse ao m�ximo poss�vel para construir com ousadia e coragem medidas para que a ind�stria possa competir com a avalanche de manufaturados que chegam do mercado internacional", afirmou. A presidente disse que as medidas s�o o in�cio de um di�logo entre governo, trabalhadores e empres�rios. "A concorr�ncia de importados j� tem sido uma luta injusta. "Com a crise dos pa�ses desenvolvidos, a concorr�ncia pode se tornar mais dif�cil para ind�stria. Por isso, teremos di�logo sistem�tico", disse.

Dilma afirmou que n�o se pode esperar em momentos de crise. Esta foi a experi�ncia deixada pelo enfrentamento da crise financeira em 2008, no governo Lula. "� justamente em momento de tens�o do mundo que temos de mostrar boa dose de ousadia", afirmou. A presidente disse que, para isso, n�o abdicar� da base do desenvolvimento econ�mico, como o controle da infla��o e o fortalecimento da ind�stria.

Presidente do CNI

O presidente da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), Robson Andrade, avaliou que as medidas apresentadas hoje pelo governo para estimular a ind�stria devem ser vistas como um "pontap� inicial". "N�o � que sejam ou n�o sejam suficientes. Estamos dando hoje o in�cio a um processo importante para a ind�stria do Pa�s", afirmou Andrade, ao final da cerim�nia de lan�amento do Plano Brasil Maior. "O importante � que o Pa�s tenha a defini��o certa para fazer a ind�stria crescer e se desenvolver", disse Andrade, acrescentando que depois de avaliar os detalhes do plano discutir� com o governo a possibilidade de ajustes e novas medidas.

O presidente da Associa��o Brasileira da Infraestrutura e Ind�strias de Base (Abdib), Paulo Godoy, considerou prudente, por parte do governo, apresentar o plano de desonera��o para alguns setores, com a promessa de que outros tamb�m ser�o contemplados no futuro. "Foi prudente fazer esse passo a passo com a afirma��o de que a desonera��o ser� permanente", afirmou Godoy, ao sair do evento de lan�amento da nova pol�tica industrial Brasil Maior. Segundo ele, � importante que a ind�stria consiga manter a sua competitividade no mercado interno e tamb�m com seus concorrentes internacionais. "N�o podemos perder o espa�o que conseguimos", afirmou.

Previd�ncia

O ministro da Previd�ncia Social, Garibaldi Alves Filho, disse que ainda n�o teve tempo de fazer os c�lculos em rela��o ao d�ficit que a Previd�ncia sofrer� com o plano de incentivo � ind�stria, anunciado hoje no Pal�cio do Planalto. Ele afirmou, por�m, que est� tranquilo com a garantia de que o Tesouro Nacional cobrir� eventuais d�ficits.

Mais do que palavras, Garibaldi demonstrou tranquilidade em rela��o ao tema no evento, j� que cochilou v�rias vezes durante o an�ncio das medidas. Ele estava sentado ao lado da ministra da Secretaria de Rela��es Institucionais, Ideli Salvatti. Garibaldi disse, por�m, que continua preocupado com as contas da Previd�ncia no sentido da reformula��o do sistema, visando a um equil�brio no futuro.

A nova pol�tica industrial do governo brasileiro reduz para zero (0%) a al�quota de 20% para o INSS de setores sens�veis ao c�mbio, � concorr�ncia internacional e tamb�m aqueles que contam com uso de m�o de obra intensiva. Os setores beneficiados ser�o o de confec��o, cal�ados, m�veis e softwares.

Em contrapartida, ser� cobrada uma contribui��o sobre o faturamento, que ter� al�quota a partir de 1,5%, de acordo com o setor. Ser� editada uma Medida Provis�ria (MP) que garante que o Tesouro arcar� com a diferen�a para cobrir uma poss�vel perda de arrecada��o da Previd�ncia, segundo o documento de divulga��o do plano.


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