O �ndice de Pre�os ao Produtor (IPP), divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), caiu 0,66% em junho deste ano, na compara��o com maio. A taxa de maio foi revisada de -0,55% para -0,46%. Em 2011, o IPP acumula alta de 0,55%. No acumulado em 12 meses, a varia��o do indicador � de 4,89%. O IPP mede a evolu��o dos
pre�os de produtos “na porta de f�brica”, sem impostos e fretes, de 23 setores da ind�stria de transforma��o.No m�s de junho, quinze das 23 atividades pesquisadas apresentaram queda de pre�os, contra apenas 10 do m�s anterior. As quatro maiores varia��es de junho em rela��o a maio foram em equipamentos de inform�tica, produtos eletr�nicos e �pticos, com queda de 3,80%, produtos de metal, com redu��o de 2,64%, t�xtil, que baixa de 2,41% e metalurgia, com redu��o de 1,86%.
Os alimentos tiveram a maior influ�ncia na queda no m�s de junho, com redu��o de 0,27 ponto percetual em rela��o a maio. Em seguida, os itens que tiveram maior impacto foram o setor de metalurgia, que queda de 0,16 ponto percetual, outros produtos qu�micos, baixa de 0,13 ponto percetual e equipamentos de inform�tica, produtos eletr�nicos e �pticos, queda de 0,13 ponto percetual.
Revis�o
O IBGE revisou a varia��o do �ndice de Pre�os ao Produtor (IPP) de maio ante abril, de uma queda de 0,55% para um recuo
de 0 46%. O n�mero acumulado no ano at� maio tamb�m foi revisado, passando de 1,13% para 1,22%. J� a varia��o acumulada nos 12 meses encerrados em maio foi revista de 5,60% para 5,69%.
Alimentos
Os pre�os de alimentos recuaram 1,5% em junho, de acordo com o �ndice de Pre�os ao Produtor (IPP), divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). No acumulado do ano, a queda foi de 4,53%, mas, na compara��o com junho de 2010, ainda h� um aumento de 16,16% nos alimentos.
Dos 43 produtos selecionados para representar a atividade alimentos no IPP, 13 aparecem com destaque em termos de varia��o ou impacto. O produto Tortas, baga�os, farelos e outros res�duos da extra��o do �leo de soja apresentou uma forte participa��o em junho, onde s� n�o obteve destaque em sua varia��o contra junho de 2010.
Coincidindo com o per�odo de safra da cana, os a��cares (cristal refinado e demerara) aparecem em destaque, tanto em termos de varia��o negativa na compara��o com maio (demerara e cristal), quanto em termos de influ�ncia, tamb�m negativa, no mensal (todos os tr�s tipos de a��car) e no acumulado de 2011 (cristal e refinado). No acumulado em 12 meses, o a��car cristal aparece como influ�ncia positiva. Em termos de varia��o acumulada no ano, o caf� (especialmente o torrado) apresentou varia��es positivas, mas n�o suficientes para contrabalan�ar as quedas do setor.
D�lar e cr�dito
O d�lar em baixa e a queda dos pre�os das commodities no mercado internacional contribu�ram para os tr�s maiores impactos negativos na varia��o de -0,66% do �ndice de Pre�os ao Produtor (IPP) em junho ante maio, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Os itens com maior influ�ncia em junho foram alimentos (-0,27 ponto porcentual), metalurgia (-0,16 p.p.) e equipamentos de inform�tica, produtos eletr�nicos e �pticos (-0,13 p.p.).
"Eu n�o saberia responder se o d�lar baixo � bom. O que eu posso ver � que dado esse cen�rio, de queda do d�lar, voc� tem alguns pre�os que v�o cair em determinados setores", disse Cristiano Santos, t�cnico do IPP na Coordena��o de Ind�stria do IBGE. "No caso, por exemplo, do a�o, isso � not�rio. Entrando alguns produtos da cadeia do a�o, por exemplo, voc� vai ter pre�os menores aqui no Brasil". O IPP mede a evolu��o dos pre�os de produtos "na porta de f�brica", sem impostos e fretes, de 23 setores da ind�stria de transforma��o.
Eletr�nicos
A concorr�ncia com produtos importados ajudou a puxar a queda de 3,80% nos pre�os de equipamentos de inform�tica, produtos eletr�nicos e �pticos em junho ante maio, medida pelo IPP, divulgado hoje pelo IBGE. Com o resultado, o setor acumulou um recuo de 9,42% em 2011. Em 12 meses, a queda foi de 16,04%. "Voc� vai ter uma queda nos pre�os dos produtos de inform�tica, principalmente esses ligados ao consumidor, por conta da concorr�ncia de produtos externos. Ent�o, os produtos ofertados pelos produtores locais v�o acabar tendo uma queda", disse Cristiano Santos, t�cnico do IPP no IBGE.
Na compara��o com maio, o setor apareceu como a atividade que apresentou a maior varia��o de pre�os e a terceira maior influ�ncia mensal, -0,13 ponto porcentual na queda de 0,66% do IPP. Outra raz�o para o recuo nos pre�os � a desvaloriza��o do d�lar ante o real, segundo Santos. Os produtos com as maiores influ�ncias negativas no �ndice mensal foram telefones celulares, televisores, componentes eletr�nicos, e impressoras, incluindo multifuncionais, enquanto os componentes eletr�nicos tiveram sinal positivo.
Ve�culos
Os pre�os dos ve�culos automotores registraram queda de 0,16% em junho ante maio, no IPP, segundo o IBGE. No acumulado do ano, a varia��o foi de 0,16%. Em 12 meses, houve leve queda de 0,02%. O produto que mais influenciou o �ndice em junho foi autom�vel para passageiros, a gasolina, �lcool ou bicombust�vel, de qualquer pot�ncia. "O setor de ve�culos � muito importante no IPP, mas ele n�o teve uma grande varia��o, ent�o ele segura uma queda que poderia ter sido maior por conta de alimentos e metalurgia e outros equipamentos de inform�tica", avaliou Cristiano Santos.