O governo brasileiro enviou nesta quinta-feira uma carta ao Servi�o Federal de Fiscaliza��o Veterin�ria e Fitossanit�ria da R�ssia (Rosselkhoznadzor) refor�ando o pedido de suspens�o do embargo aos frigor�ficos do Rio Grande do Sul, Paran� e de Mato Grosso, em vigor desde 15 de julho. Tamb�m foi reivindicada a aceita��o da lista apresentada pelas autoridades brasileiras no in�cio de julho, em reuni�o em Moscou, com 88 unidades que cumprem todas as exig�ncias para exporta��o imediata.
Segundo o diretor do Departamento de Inspe��o de Produtos de Origem Animal do Minist�rio da Agricultura, Luiz Carlos de Oliveira, “diferentemente das expectativas, na semana passada, as autoridades russas comunicaram aceitar a lista de suspens�o tempor�ria sugerida pelo Brasil a 37 plantas frigor�ficas que n�o exportam a mais de um ano ou ainda t�m que apresentar algumas an�lises laboratoriais, sem, no entanto, suspender o embargo aos tr�s estados". Al�m disso, o Rosselkhoznadzor pediu mais informa��es sobre as 88 unidades que, segundo Oliveira, est�o completamente dentro dos padr�es russos.
Oliveira disse que na carta enviada hoje tamb�m foi pedido aos russos que aceitem os embarques feitos at� o dia 2 de agosto pelos 37 frigor�ficos suspensos temporariamente. Isso porque o Rosselkhoznadzor estipulou a data de in�cio do embargo para essas plantas o dia 6 de julho, quando a proposta foi apresentada pelos brasileiros em Moscou, mas os frigor�ficos s� foram comunicados quando o documento chegou ao Brasil, na semana passada.
Para que haja uma “harmoniza��o de crit�rios”, o governo brasileiro espera que o governo russo aceite promover encontros regulares de especialistas em laborat�rios de an�lises dos dois pa�ses. Para buscar um melhor entendimento entre as partes, Oliveira disse que, na segunda quinzena de outubro, o diretor do Rosselkhoznadzor, Sergei Dankvert, vem ao Brasil para participar de um semin�rio de esclarecimento das exig�ncias russas.
A ind�stria de carnes bovinas e de aves, segundo Oliveira, n�o sofreu impactos significativos nos embarques para a R�ssia porque consegue remanejar a produ��o destinada � R�ssia para plantas de estados que n�o t�m restri��o de exporta��o. O setor que mais sente os efeitos do embargo � o de su�nos, o que mais vende para a R�ssia e que tem 90% dos frigor�ficos localizados nos tr�s estados cuja exporta��o est� proibida.