No mercado financeiro, o Brasil � considerado hoje um “derivativo” da China. Derivativos s�o contratos cujos pre�os dependem da cota��o de outro ativo. “A performance do mercado brasileiro � muito ligada � China. O Brasil tem o �nus e o b�nus dessa rela��o”, diz Ricardo Lacerda, presidente da BR Partners, uma das principais empresas de fus�es e aquisi��es do pa�s.
Traduzindo para a economia real: se a crise nos Estados Unidos e na Europa atingir a China, o Brasil ser� castigado. A percep��o dos investidores vem do aumento da depend�ncia do Pa�s em rela��o ao gigante asi�tico depois da quebra do Lehman Brothers
Nos 12 meses at� junho, o Brasil teve d�ficit em conta corrente (inclui todas as transa��es com exterior) de US$ 49 bilh�es, ou 2% do Produto Interno Bruto (PIB). Sem o “efeito China” da alta das commodities, o super�vit comercial se transformaria em d�ficit e o saldo negativo da conta corrente chegaria a US$ 89 bilh�es, ou 4% do PIB, revela c�lculo da Funda��o Centro de Estudos do Com�rcio Exterior (Funcex).
� por isso que a economia chinesa est� no radar do governo. Segundo uma fonte do Minist�rio da Fazenda, o Brasil tem um mercado interno robusto, o que limita o cont�gio externo, mas a situa��o asi�tica � seguida com lupa. “A China � o ponto mais crucial, porque afetaria a economia real imediatamente”, disse o secret�rio executivo do Minist�rio da Fazenda, Nelson Barbosa, esta semana em Bras�lia.