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Estado de Minas

Crise europeia pode prejudicar reajustes nos sal�rios

No primeiro semestre, 84,4% dos acordos trabalhistas tiveram ganho real. Agora, embate nas negocia��es salariais deve ser mais acirrado


postado em 19/08/2011 06:00 / atualizado em 19/08/2011 09:09

O agravamento da crise europ�ia e o p�nico nos mercados financeiros globais provocado pelo rebaixamento do rating da d�vida americana pela ag�ncia de classifica��o de risco Standard&Poors (S&P), devem engrossar as negocia��es salariais neste segundo semestre ao contr�rio do que aconteceu no primeiro. Beneficiadas por um cen�rio econ�mico mais est�vel, 84,4% das negocia��es salariais realizadas entre janeiro e junho deste ano conquistaram aumentos acima do �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor (INPC).

O levantamento do Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioecon�micos (Dieese) revela que este � o segundo melhor resultado da pesquisa, ficando atr�s somente do apurado nos seis primeiros meses de 2010, com 86,7% de ganhos superiores � infla��o. Para o coordenador de Rela��es Sindicais do Dieese, Jos� Silvestre Prado de Oliveira, a infla��o

em alta nos �ltimos 12 meses e o pequeno ganho real do sal�rio m�nimo em 2011 podem ter contribu�do para o resultado deste ano.

Para a economista do Dieese, Regina Camargos, as grandes categorias de trabalhadores que sentam na mesa de negocia��es com os sindicatos patronais a partir de agora, v�o enfrentar um cen�rio adverso em que a economia nacional j� d� sinais de desaquecimento. “Houve uma forte pisada no freio. J� tivemos em julho dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Minist�rio do Trabalho que mostram desaquecimento nas contrata��es. Temos que ver se isso � uma tend�ncia”, avalia.

Para a economista, as empresas est�o de olho no cen�rio econ�mico externo e no planejamento para o pr�ximo ano e, por isso, devem endurecer o jogo durante as conversas o que, fatalmente, aumenta as chances de paralisa��es e greves.
“Os sindicatos que negociam agora s�o de categorias fortes e organizadas nacionalmente como metal�rgicos, petroleiros, eletricit�rios e banc�rios. As chances de grandes greves s�o ainda maiores”, prev� Regina. Por conta da forte representatividade e poder de mobiliza��o, dificilmente trabalhadores dessas categorias fechar�o um acordo que fique abaixo dos �ndices inflacion�rios registrados no per�odo.

“Mas os ganhos podem ser menores do que os conquistados em 2010”, pondera. “At� porque, a infla��o est� mais alta. Combinado a isso, temos um desaquecimento econ�mico e dificilmente o cen�rio do ano passado deve se repetir”, acrescenta.

Ganhos reais

Antes das turbul�ncias globais, o com�rcio foi o setor que conseguiu os melhores resultados j� que 98% das 44 negocia��es sa�ram com ganhos acima da infla��o. A maioria, 43,2% delas, teve reajustes entre 1,01% e 2% superiores ao INPC. Na ind�stria, 87% das negocia��es resultaram em aumentos reais no sal�rio e 10%, em reajustes iguais � infla��o. Entre os segmentos com aumento dos ganhos frente �s negocia��es do ano passado, est�o a ind�stria t�xtil, constru��o e alimenta��o. O setor com menor motivos para comemora��es foi o de servi�os, j� que quase 13% dos reajustes foram insuficientes para repor as perdas de poder aquisitivo.

Entre as regi�es do pa�s, a Centro-Oeste foi a que registrou o maior percentual de negocia��es com reajustes acima da infla��o j� que 97% das conversas terminam em ganhos reais. Na regi�o Sudeste foram 85,6%, enquanto na Norte, com o pior desempenho, fechou com 69,2%.


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