O Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central define nesta quarta-feira a taxa Selic, sob press�es para reduzir os juros b�sicos da economia. Nesta quarta-feira mais uma manifesta��o em frente ao BC pede a redu��o da taxa. Desta vez, o movimento foi organizado por estudantes, que, antes de seguirem em passeata at� a Esplanada dos Minist�rios para pedir mais recursos para a educa��o, fizeram uma parada em frente � autarquia, que define o futuro da taxa, atualmente em 12,50% ao ano.
Depois da lavagem simb�lica da rampa de entrada do BC com aux�lio de um caminh�o-pipa, os estudantes seguem em passeata. Al�m da redu��o da Selic, eles querem que sejam destinados recursos para a educa��o que correspondam a 10% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e servi�os produzidos no pa�s, e que 50% do Fundo Social do Pr�-Sal tamb�m sejam direcionados ao setor.
Nesta ter�a-feira, a Central �nica dos Trabalhadores (CUT) e a For�a Sindical tamb�m promoveram protestos para pedir a redu��o da taxa de juros em frente � sede do BC em S�o Paulo e em Bras�lia. O ato reuniu 50 pessoas em S�o Paulo, segundo a Pol�cia Militar, e 30 em Bras�lia.
Estudantes e sindicalistas n�o s�o os �nicos a esperar por redu��o de juros. Nesta semana, o ministro da Fazenda, Guido
Ontem, foi a vez de a presidenta Dilma Rousseff defender a redu��o da Selic, com o argumento de que o pa�s est� criando condi��es para isso. Dilma disse ainda que a queda dos juros � necess�ria para o crescimento do Brasil, que tem uma das mais altas taxas de juros do mundo.
A estudante Tamara Gon�alves, 15 anos, espera que os diretores do BC respons�veis pela defini��o da taxa levem em considera��o a press�o para que haja queda dos juros. Mesmo sem conseguir explicar bem o significado de termos econ�micos como PIB e taxa Selic, Tamara acredita que � importante participar dessas manifesta��es em defesa de melhorias no pa�s, sobretudo em busca de uma educa��o de qualidade. "A educa��o no Brasil � prec�ria%u201D, acrescentou. A estudante Camila Fernandes, 13 anos, contou que foi convencida pelo professor de filosofia a participar da manifesta��o. "Se a gente n�o lutar, ningu�m vai lutar por n�s", destacou.
O Copom � formado pelo presidente e por diretores do BC e as reuni�es para definir a taxa Selic s�o divididas em duas partes. No primeiro dia da reuni�o, chefes de departamento do BC apresentam aos diretores an�lises sobre a conjuntura, que abrangem informa��es sobre infla��o, n�vel de atividade econ�mica, contas externas, mercado de c�mbio, economia internacional, entre outros assuntos. No segundo dia da reuni�o, os diretores definem a taxa b�sica.
Em todas as cinco reuni�es deste ano, o Copom elevou a taxa, no total de 1,75 ponto percentual. Mas a expectativa de analistas do mercado financeiro e de economistas � que ela seja mantida no patamar de 12,50% ao ano na reuni�o de hoje. Isso porque, para eles, o BC ainda ir� monitorar a crise econ�mica internacional e o comportamento dos pre�os no Brasil.
O comit� eleva a Selic quando considera que a economia est� muito aquecida, com trajet�ria de infla��o em alta. Os juros b�sicos elevados estimulam a poupan�a. Por outro lado, a taxa b�sica � reduzida quando o objetivo � estimular gastos para aquecer a atividade econ�mica.