A Zona Euro "est� fazendo todo o poss�vel" para impedir que a Gr�cia declare o calote de sua d�vida, declarou nesta segunda-feira em Paris o comiss�rio europeu de Servi�os Financeiros, Michel Barnier. Paralelamente, Atenas anunciou novas medidas de austeridade, aumento dos impostos e cortes de gastos, ante a press�o dos mercados e os crescentes rumores de que a quebra est� pr�xima.
Contudo, o risco de que a Gr�cia ser� o primeiro integrante da Zona Euro a declarar uma morat�ria de sua d�vida voltou a fundir os mercados, temerosos de um poss�vel cont�gio da crise aos pa�ses mais fr�geis da UE como Irlanda e Portugal, e em seguida � It�lia e Espanha, terceira e quarta economias europeias.
As bolsas europeais, que j� haviam registrado fortes perdas na semana passada, enfrentam nesta segunda uma nova jornada de baixa. �s 12h00 GMT (9h00 de Bras�lia), Paris perdia 5%, Frankfurt quase 4%, Londres 2,47%, Madri 3,44% e Mil�o 3,65%.
Os valores banc�rios - e em particular os de institui��es francesas e alem�s, muito expostas � Gr�cia - encabe�avam as quedas ante o temor de um default de Atenas. Em Paris, o BNP Paribas caia 13,62%, o Soci�t� G�n�rale recuava 8,86% e o Cr�dit Agricole 9,31%. Em Frankfurt, o Deutsche Bank cedia 9,12% e o Commerzbank 5,89%.
As provas de resist�ncia realizadas no final de julho mostraram que oito bancos europeus, sendo cinco deles espanh�is, possu�am fundos pr�prios insuficientes para afrontar cen�rios de crise. A Alemanha, maior economia e maior contribuinte aos planos de ajuda da Uni�o Europeia, afirmou nesta segunda-feira desejar que a Gr�cia continue sendo membro da Zona Euro.
"Nosso objetivo comum � a estabilidade do euro", declarou um porta-voz do Minist�rio de Economia ao ser interrogado sobre coment�rios de membros do Governo de Angela Merkel que j� falam abertamente sobre uma poss�vel bancarrota da Gr�cia.
Segundo a imprensa alem�, Merkel havia se reunido com altos funcion�rios nos �ltimos dias para delinear um plano de conting�ncia para blindar o sistema banc�rio alem�o ante um descumprimento de pagamentos da Gr�cia.
No fim de semana, Atenas anunciou novas medidas de austeridade para evitar o "desastre" e atenuar os rumores. Com mais impostos e cortes, Gr�cia pretende angariar "2 bilh�es de euros" adicionais e assim cumprir com seus compromisso de redu��o do d�ficit para 2011 e 2012 exigidos pela UE e pelo FMI para desbloquear os programas de ajuda j� acordados.
A Comiss�o Europeia elogiou as medidas e assegurou que a Troika, composta pela Comiss�o, o Banco Central Europeu e o Fundo Monet�rio Internacional (FMI), "regressar� � Gr�cia nos pr�ximos dias". O objetivo � concluir "at� finais de setembro" um acordo para o desembolso de 8 bilh�es de euros de empr�stimos, de um total de 110 bilh�es acordado em 2010.
Sob uma forte press�o, os ministros de Economia europeus se reunir�o na sexta-feira e no s�bado em Wroclaw, Pol�nia. O grande tema agora � acelerar a aprova��o por parte dos parlamentos dos pa�ses da Zona Euro dos pontos contemplados no segundo paquete de resgate acordado a Gr�cia no dia 21 de julho passado, de quase 160 bilh�es de euros, e um aumento da ado��o do fundo de resgate europeu.
Dos 17 pa�ses da Zona Euro, Fran�a tem sido at� agora o �nico em aprovar esses pontos, e o processo deveria durar ainda v�rios meses para ser conclu�do por todos os s�cios.