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Estado de Minas

Conv�nios de sa�de ter�o reajuste acima da infla��o, admite diretor da ANS

Ele informou que o �ltimo aumento anual foi em torno de 7,69%, enquanto a infla��o dos 12 meses anteriores ficou em 5,6%


postado em 14/09/2011 08:08 / atualizado em 14/09/2011 08:18

O atendimento est� ruim e a quantidade de reclama��es � recorde, mas os custos dos planos de sa�de continuar�o a pesar no bolso dos consumidores. Os pr�ximos reajustes nas mensalidades ser�o sempre acima da infla��o. Foi o que declarou o diretor de Fiscaliza��o da Ag�ncia Nacional de Sa�de Suplementar (ANS), Eduardo Sales, em audi�ncia p�blica ontem, na C�mara dos Deputados, que reuniu representantes das operadoras e de associa��es de m�dicos. A justificativa apresentada pelo diretor da ag�ncia, encarregada de proteger o consumidor, � de que o setor depende de equipamentos e insumos hospitalares importados.

“Todos os reajustes foram e permanecer�o acima da infla��o. Isso acontece em qualquer lugar do mundo”, disse Sales. Ele informou que o �ltimo aumento anual foi em torno de 7,69%, enquanto a infla��o dos 12 meses anteriores ficou em 5,6%.

Sales revelou que, atualmente, existem quase 30 mil processos administrativos contra as operadoras de planos, instaurados a partir de den�ncias de clientes que tiveram procedimentos recusados pelas

Empresas pagam R$ 42 por consulta, segundo Lairson Rabelo, da Associação Médica de Brasília (ao centro)
Empresas pagam R$ 42 por consulta, segundo Lairson Rabelo, da Associa��o M�dica de Bras�lia (ao centro)
empresas. Mas ele minimizou a situa��o. “Reclama��es sempre teremos, porque os interesses s�o conflitantes. Como conciliar �timo atendimento com menor pre�o e �tima remunera��o para os prestadores de servi�os?”, admitiu o diretor do �rg�o, conhecido por defender mais os interesses das administradoras do que os dos consumidores.

O presidente da Federa��o Nacional dos M�dicos (Fenam), Cid C�lio Carvalhaes, n�o poupou cr�ticas � ag�ncia reguladora. Segundo ele, a ANS falha na hora de fiscalizar as empresas, que escondem os verdadeiros n�meros do setor sob o argumento de sigilo. “Elas arrecadam R$ 74 bilh�es por ano e dizem gastar R$ 58 bilh�es com as consultas e procedimentos m�dicos. Sobram R$ 14 bilh�es, sobre os quais n�o se sabe bem o destino”, criticou.

Nos c�lculos do diretor-executivo da Federa��o Nacional de Sa�de Suplementar (FenaSa�de), Jos� Cechin, as sobras n�o v�o para o bolso dos gestores. Dos R$ 74,1 bilh�es, a maior parte � para cobrir despesas com os atendimentos m�dicos, despesas com funcion�rios e pagamento de impostos, entre outros itens. Segundo ele, sobram R$ 735 milh�es de resultado operacional. “Para chegar � lucratividade, ter�amos que dividir o resultado pelo patrim�nio l�quido. E s� a ANS conhece esses n�meros”, esquivou-se Cechin.

A audi�ncia p�blica foi convocada pelo deputado federal Valadares Filho (PSB-SE) para debater a qualidade do atendimento dos planos. Na justificativa para o requerimento, ele citou a s�rie de reportagens publicadas pelo Correio que mostram o caos em que est� mergulhado o sistema de atendimento privado, que lidera o ranking de reclama��es do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) h� mais de 10 anos. N�o s� os consumidores se queixam dos atendimentos. A rede conveniada de m�dicos est� em guerra aberta com as operadoras em busca de reajuste do honor�rio pago pelas consultas m�dicas, que varia de R$ 35 (nas operadoras menores) a R$ 42 (nas grandes). O pre�o � igual ou inferior a servi�os realizados por profissionais de n�vel fundamental e m�dio, como de higiene pessoal, limpeza e conserva��o de im�veis, corte de cabelos e depila��o.

As operadoras s�o acusadas de exigir, de forma velada, a limita��o no tempo de interna��o dos pacientes e restringir exames. Segundo as associa��es de m�dicos em Bras�lia, as empresas se negam a pagar 30% dos procedimentos realizados, alegando serem improcedentes.

Operadora se defende

A Golden Cross informou que os honor�rios pagos aos m�dicos em Bras�lia est�o equiparados aos valores praticados pelo mercado e que j� concedeu reajuste de 20% em 2011. A operadora afirmou que tem se reunido, ao longo deste ano, com sindicatos e associa��es m�dicas em todo o pa�s e negociado as corre��es com as redes m�dicas locais. Ela garantiu que buscar� um acordo com os m�dicos do DF o quanto antes. As empresas Amil, Sul Am�rica e Bradesco n�o quiseram comentar a suspens�o do atendimento pelos profissionais cadastrados na pr�xima semana. Informaram que � a Federa��o Nacional de Sa�de Suplementar (FenaSa�de) que fala em nome delas. Procurada, a entidade afirmou que suas 14 afiliadas pagam os maiores honor�rios aos m�dicos (sem informar o valor) e, por isso, n�o h� motivo para a paralisa��o.


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