Embora as montadoras no Brasil n�o garantam que os pre�os dos carros nacionais n�o aumentar�o nos pr�ximos meses, agora que os importados passaram a pagar mais imposto, elas n�o pretendem elevar o custo desses ve�culos para o consumidor. "As montadoras n�o pretendem aumentar o pre�os dos carros, mas n�o podem se comprometer com isso, se n�o isso seria cartel", afirmou hoje o presidente da Associa��o Nacional dos Fabricantes de Ve�culos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, durante coletiva de imprensa, em S�o Paulo. Segundo ele, � improv�vel que isso aconte�a porque a competi��o entre as montadoras instaladas no Pa�s deve continuar acirrada em busca de manuten��o de participa��o de mercado.
Questionado sobre se a decis�o do governo, anunciada na semana passada, de aumentar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre ve�culos, que atinge principalmente as importadoras, foi fruto de lobby das quatro maiores montadoras instaladas no Brasil (Fiat, Volkswagen, General Motors e Ford), Belini, que tamb�m � presidente da Fiat, negou. Ele disse que a decis�o foi motivada principalmente pelo impacto negativo que a importa��o de ve�culos est� causando no saldo da balan�a comercial brasileira.
Belini tamb�m foi questionado sobre se a medida n�o foi dura demais para os importadores, j� que o aumento de 30 pontos porcentuais do IPI representou uma lata de 120% a at� 428% no valor do imposto dos carros fabricados em outros pa�ses, � exce��o do M�xico e dos pa�ses do Mercosul. "S�o medidas duras, mas necess�rias", afirmou. "N�s tamb�m fomos atingidos, porque os nossos carros importados que v�m de outros pa�ses que n�o o M�xico e o Mercosul tamb�m v�o pagar mais IPI."
A maior parte dos ve�culos importados comercializados no Brasil � trazida ao Pa�s pelas pr�prias montadoras nacionais. Dados da Associa��o Brasileira das Empresas Importadoras de Ve�culos Automotores (Abeiva), mostram que dos 528.082 ve�culos importados vendidos no Brasil de janeiro a agosto deste ano, 24 5% foram trazidos pelas associadas da entidade e os demais 75,5% pelas montadoras instaladas no Brasil.