A greve dos funcion�rios dos Correios j� preocupa o ministro das Comunica��es, Paulo Bernardo, devido � possibilidade de avan�o das empresas concorrentes sobre os servi�os que a estatal n�o det�m o monop�lio, como entrega de encomendas e mala direta. "A concorr�ncia est� querendo tomar espa�o", disse Bernardo � Ag�ncia Estado.
O ministro se referiu � veicula��o de comerciais no fim de semana pelas concorrentes, o que ele classificou de "oportunismo leg�timo" diante da greve. "A gente tem que se preocupar com a concorr�ncia, que est� querendo solapar (os Correios)", ressaltou.
Bernardo observou que, mesmo com a paralisa��o de parte dos funcion�rios, a estatal tem de garantir o funcionamento dos servi�os em condi��es m�nimas, sobretudo nos servi�os que os Correios det�m o monop�lio. "De qualquer forma, temos que cumprir a nossa miss�o", afirmou.
Para minimizar os transtornos � popula��o, os Correios fizeram um mutir�o no fim de semana, que resultou na entrega de 2,54 milh�es de mensagens e encomendas que estavam represadas. Outros 19,64 milh�es de objetos foram organizados e est�o prontos para serem enviados, disse ao Estado Wagner Pinheiro, presidente da estatal.
Segundo Pinheiro, o movimento geral de paralisa��o, que era de 30% na sexta-feira, caiu para 26% nesta segunda-feira. O porcentual de carteiros que aderiram � greve, no entanto, mant�m-se em cerca de 40%. S�o Paulo continua com o maior �ndice de ades�o: cerca de 60%. Segundo o executivo, a estatal aguarda "uma contraproposta que seja vi�vel" para voltar a negociar com os funcion�rios e por fim � greve.