Acad�micos econ�micos desenvolvimentistas, linha te�rica � qual se alinham autoridades do governo, como a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, defenderam ontem no 8º F�rum de Economia da Funda��o Get�lio Vargas (FGV) que o governo aproveite o recente movimento de aprecia��o do d�lar ante o real para “reequilibrar” o c�mbio num patamar mais favor�vel �s contas externas do Pa�s e � expans�o da ind�stria.
Na avalia��o dos especialistas, depois de um desfecho da crise soberana na Gr�cia h� expectativa de que os investidores voltem a aproveitar as taxas de juros reais elevadas no Brasil para buscarem novamente alta rentabilidade com opera��es de arbitragem, sendo o carry trade a mais conhecida delas. “O c�mbio est� pouco acima de R$ 1,80, e da�? Isso n�o � fator de preocupa��o”, comentou o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto, num intervalo do evento. “O BC tem que prover liquidez para que o mercado de c�mbio funcione bem, sem forte volatilidade”, disse.
Embora n�o determine uma cota��o, Nakano acredita que o Poder Executivo deveria levar em considera��o a conjuntura internacional e fatores internos, como o desempenho da infla��o e o equil�brio de transa��es correntes.
Na avalia��o do ex-ministro da Fazenda Luiz Carlos Bresser-Pereira, quando a situa��o internacional estiver menos vol�til, com os desdobramentos mais amadurecidos da crise soberana de alguns pa�ses europeus, seria oportuno que o governo buscasse uma cota��o m�dia de R$ 2,30, que poderia variar entre R$ 2,20 e R$ 2,40.
“Esse patamar de c�mbio seria essencial para que o Pa�s pudesse ter super�vit de transa��es correntes de 1% ou 2% do PIB, ao inv�s de registrar d�ficit deste indicador como ocorre hoje”, disse.