O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse nesta ter�a-feira que o momento atual � de "grande turbul�ncia" na economia mundial. Durante audi�ncia p�blica na Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE) do Senado, ele disse que o quadro refor�a o entendimento de que � preciso uma "rea��o das autoridades, sobretudo do BC, um esfor�o anal�tico redobrado para agir e uma leitura mais precisa poss�vel da economia mundial e das repercuss�es".
O presidente do BC explicou que a crise vivida atualmente ainda � consequ�ncia da crise de 2008. "Isso tornou-se mais complexo nos meses recentes, nas semanas recentes. � algo que n�s j� hav�amos alertado", disse. Ele acrescentou que a exposi��o do sistema banc�rio dos Estados Unidos �s hipotecas geradas naquele mercado acabou se expandindo e se tornou tamb�m uma crise no mercado de reserva interbanc�ria. "Com isso, outros mercados, como a Europa, sofreram as consequ�ncias daquela crise".
Para Tombini, as principais economias est�o atualmente "com menos muni��o" para reagir a uma eventual piora do quadro econ�mico internacional. Ele disse que, em 2008 e 2009, "houve rea��o sem precedentes do G-20" � crise financeira. "Era para evitar uma depress�o, uma recess�o econ�mica. Pode se dizer que foi uma resposta que gerou resultados e, a partir do 2º trimestre de 2009, houve alguma recupera��o das economias maduras, mas n�o pareceu sustent�vel", disse.
O presidente do BC afirmou que essas pol�ticas econ�micas geraram consequ�ncias, como o forte custo para as contas p�blicas nas principais economias do globo. "Muitas dessas economias usaram grande quantidade de est�mulos e n�o tiveram oportunidade de reverter esses est�mulos. Essas economias t�m menos muni��o para tratar da crise", disse. Uma das principais consequ�ncias citadas por Tombini foi a r�pida piora dos indicadores de d�vida de economias como Estados Unidos, Jap�o e Europa.