A expectativa de que os pre�os dos produtos vendidos nos supermercados se mantenham est�veis at� o fim do ano contribuiu para que os empres�rios do setor supermercadista ampliassem suas encomendas � ind�stria num ritmo superior ao do Natal de 2010, segundo o presidente da Associa��o Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda. "O setor est� otimista em superar a marca do ano passado, pois contamos com um momento de estabilidade econ�mica e perspectivas de manuten��o da gera��o de empregos e renda, junto com a estabilidade de pre�os", afirmou, em entrevista a jornalistas.
Honda destacou que, enquanto no �ltimo quadrimestre de 2010 os pre�os dos itens mais vendidos nos supermercados apresentaram forte acelera��o, reduzindo o poder de compra dos consumidores na �poca, neste ano h� um movimento de acomoda��o. No acumulado de janeiro a setembro, a cesta da Abras, medida pela GfK, formada por itens de largo consumo, como alimentos, limpeza e beleza, tem defla��o de 0,21%, enquanto o IPCA Alimentos na mesma compara��o avan�a 4,98%. "Quando h� uma forte alta nos pre�os, o or�amento familiar � afetado. Como isso n�o vem ocorrendo este ano, teremos uma situa��o melhor neste Natal", disse.
De acordo com pesquisa da Abras, que questionou os empres�rios do setor em rela��o �s expectativas para as vendas no final deste ano, as encomendas cresceram 15,6% em compara��o ao Natal de 2010. Como compara��o, no mesmo per�odo do ano passado, as proje��es apontavam para um aumento de 12,5%.
Honda avaliou que esse avan�o nas expectativas frente a 2010 reflete, em parte, as preocupa��es enfrentadas pelas empresas durante a P�scoa deste ano, quando chegaram a faltar alguns produtos, porque os empres�rios supermercadistas n�o calcularam corretamente a demanda por parte dos consumidores para esta data. "N�o adianta, �s v�speras do Natal, o empres�rio querer encomendar mais cervejas. Se o c�lculo n�o estiver correto, vai faltar produto", disse Honda.
A entidade reafirmou a proje��o de alta de 4% para o crescimento real das vendas neste ano. "Alguns setores do varejo, principalmente de autom�veis, apresentam vendas menores, mas em alimentos a situa��o � diferente", afirmou. Segundo ele, as vendas preliminares apuradas em outubro s�o consideradas positivas, puxadas pelo Dia da Crian�a. "� prov�vel que a tend�ncia de crescimento (na faixa dos 4,2% em 2010) se estenda at� o final do ano", destacou.