Apesar de adiado para dezembro, o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os ve�culos importados ajudou a ind�stria nacional, disse nesta ter�a-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo ele, embora o reajuste n�o tenha entrado em vigor, a medida interrompeu o crescimento da venda de importados e provocou a antecipa��o de investimentos de montadoras estrangeiras no pa�s.
“Depois que anunciamos a medida, observamos dois efeitos. As empresas j� instaladas no Brasil passaram a anunciar novos investimentos e empregos. Al�m disso, empresas que est�o importando tamb�m manifestaram o desejo de instalar f�bricas no pa�s”, declarou o ministro ap�s reuni�o com o presidente da Associa��o Nacional de Fabricantes de Ve�culos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini.
Embora alguns pa�ses tenham reclamado da eleva��o do IPI na Organiza��o Mundial do Com�rcio (OMC), o ministro descartou o risco de problemas diplom�ticos para o Brasil. “Alguns pa�ses apenas pediram informa��es, o que n�o significa a��o aberta contra Brasil”, alegou Mantega. Ele disse ainda que diversos pa�ses t�m tomado medidas semelhantes sem serem questionados na OMC. “Os Estados Unidos, a China, a �ndia e v�rios pa�ses t�m recorrido a medidas protecionistas”, ressaltou.
O presidente da Anfavea anunciou o investimento de US$ 21 bilh�es na ind�stria automotiva brasileira at� 2014. Ele, no entanto, n�o informou quanto desse valor efetivamente decorreu do aumento do IPI. “� dif�cil quantificar, mas poderia ter ocorrido an�ncios de desinvestimentos se o governo n�o tivesse tomado essa medida”, disse Belini.