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Estado de Minas

Fabricantes v�o reduzir n�vel de benzeno nas principais marcas de refrigerante


postado em 05/11/2011 12:24

As principais marcas de refrigerante light ou diet c�trico ter�o menos benzeno nos pr�ximos anos, subst�ncia que pode provocar c�ncer. Respons�veis por quase 90% do mercado brasileiro, as empresas Coca-Cola, Schincariol e Ambev comprometeram-se a reduzir a quantidade de benzeno em suas bebidas ao m�ximo de 5 ppb (partes por bilh�o) ou 5 microgramas por litro, o mesmo par�metro usado para a �gua pot�vel.

A meta foi acertada com o Minist�rio P�blico Federal (MPF) em Minas Gerais, deve ser atingida at� 2017 e vale para todo o pa�s. O acordo chega dois anos depois que a Associa��o de Consumidores Proteste apontou alta concentra��o de benzeno em refrigerantes de diferentes marcas.

Em 2009, a associa��o analisou 24 amostras de diversos refrigerantes e detectou a presen�a de benzeno em sete delas. Em duas amostras de bebidas c�tricas – Fanta Laranja Light (da Coca-Cola) e Sukita Zero (Ambev) - o n�vel foi superior ao considerado toler�vel para o consumo humano. Depois da pesquisa, o MPF come�ou a investigar o caso.

Nos refrigerantes, o benzeno surge da mistura do �cido benz�ico com a vitamina C. Nos refrigerantes normais, esse processo n�o ocorre por causa do a��car, que inibe a rea��o qu�mica.

Estudos de mais de tr�s d�cadas atr�s apontam que a exposi��o ao benzeno eleva o potencial de c�ncer e doen�as no sangue. “Ele � t�xico e causador de leucemia e outros tumores, dependendo da quantidade e do tempo de exposi��o”, disse o presidente da Associa��o Brasileira de Hemoterapia e Hematologia (ABHH), C�rmino de Souza.

A maioria das pesquisas avaliou p�blicos espec�ficos, como trabalhadores dos setores petroqu�mico e de siderurgia que lidam diretamente com a subst�ncia. O m�dico explicou que ainda h� pouca informa��o sobre os efeitos do benzeno na sa�de da popula��o em geral, mas advertiu que a menor exposi��o ao agente qu�mico diminui as chances de doen�as sangu�neas. “Temos contato com benzeno diariamente. O ideal � zero, o m�nimo poss�vel”.


O benzeno est� presente na fuma�a do cigarro e dos carros. � tamb�m usado na fabrica��o de pl�sticos, borrachas e detergentes.

Para o procurador da Rep�blica Fernando Martins, que conduziu as negocia��es, o acordo com a ind�stria foi a sa�da mais r�pida para garantir a prote��o da sa�de dos consumidores. Segundo ele, se o caso fosse parar nos tribunais, poderia se arrastar por anos sem solu��o. “� uma quest�o que fica resolvida”, disse.

O prazo de cinco anos, conforme Martins, serve para as empresas adaptarem o processo de produ��o, com o foco na redu��o do benzeno. Quem descumprir o compromisso, ter� de pagar multa ou sofrer outras penalidades.

Em nota, a Ambev informou que j� adota o limite da �gua pot�vel em seus produtos. "A Ambev refor�a que trabalha sob os mais r�gidos padr�es de qualidade, em total atendimento � legisla��o brasileira e que seus produtos est�o de acordo com o par�metro adotado pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), inclusive para a �gua pot�vel”.

A Schincariol informou que vai continuar cumprindo as exig�ncias das autoridades. “A Schincariol assumiu o compromisso junto ao Minist�rio P�blico Federal na assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e, portanto, continuar� atendendo normalmente �s premissas exigidas pelas autoridades”, diz a nota da empresa.

Na p�gina da Coca-Cola na internet, a empresa informa que a presen�a de benzeno em bebidas n�o � amea�a significativa � sa�de. Segundo a fabricante, �rg�os internacionais reguladores da alimenta��o, como dos Estados Unidos e da Uni�o Europeia, apontam o ar como a principal forma de exposi��o do homem ao benzeno por causa da fuma�a e queima de combust�vel dos carros nas cidades. “Alimentos e bebidas s�o respons�veis por menos de 5% da exposi��o total do ser humano ao benzeno”, conforme informa��es publicadas no site da Coca-Cola no Brasil.

As empresas argumentam tamb�m que tra�os da subst�ncia nos produtos est�o relacionados � quantidade de benzeno pr�-existente na �gua.

No Brasil, n�o existe limite de benzeno para os refrigerantes. A legisla��o sanit�ria prev� valor somente para a �gua pot�vel, de 5 ppb (partes por bilh�o), igual ao adotado pelos Estados Unidos. De acordo com a associa��o Proteste, a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) estabelece em at� 10 ppb a quantidade de benzeno para a �gua. Na Uni�o Europeia, � 1 ppb.


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