Brasil imp�e condi��o para ajudar europeus

O governo brasileiro condicionou qualquer transfer�ncia de dinheiro ao Fundo Monet�rio Internacional (FMI) para cooperar no socorro a pa�ses atingidos pela crise da Zona do Euro a uma a��o equivalente e pr�via dos pr�prios europeus, seguindo crit�rios acertados com outros grandes emergentes. "N�o colocaremos recursos no resgate de europeus sem que eles pr�prios coloquem os deles", disse nessa quinta-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega, logo ap�s reuni�o com a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde.

Ele adiantou que n�o h� previs�o da quantia a ser destinada ao FMI, quest�o que ser� avaliada com os demais membros do Brics – R�ssia, �ndia, China e �frica do Sul. Mantega ainda avaliou que o fundo est� mais preparado hoje para enfrentar a crise mundial do que estava em 2008, "mas ainda precisa se fortalecer ainda mais para enfrentar o atual cen�rio". Na sua opini�o, o quadro da Zona do Euro piora dia ap�s dia, complica��o que se tornou mais clara com a escassez de cr�dito internacional j� verificada em lugares como o Reino Unido e com a fuga de capitais de pa�ses emergentes. "A Uni�o Europeia tem instrumentos para evitar o pior, como os do Banco Central Europeu (BCE) para resgatar t�tulos da It�lia e Espanha. Mas a regi�o est� demorando muito a agir", lamentou.

‘Economia s�lida'

Lagarde ressaltou que est� confiante num aporte brasileiro, lembrando que o pa�s est� em uma situa��o muito mais confort�vel do que outros para resistir � crise. “O Brasil est� em uma situa��o econ�mica muito favor�vel devido a pol�ticas macroecon�micas e monet�rias s�lidas", disse.

A diretora-gerente fez ainda elogios aos tr�s pilares da pol�tica econ�mica brasileira – responsabilidade fiscal, c�mbio flutuante e metas de infla��o. "Gra�as a esse coquetel, a economia est� s�lida e pode resistir (� crise)", disse ela.

Antes da reuni�o com o ministro, Christine se encontrou com a presidente Dilma Rousseff. Elas tamb�m trataram dos efeitos da crise econ�mica internacional. Depois de conversar com Mantega e assessores da equipe econ�mica, ela se reuniu com o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini.