A redu��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos eletrodom�sticos da linha-branca, anunciada nesta quinta-feira pelo Minist�rio da Fazenda, deve surtir efeitos positivos na economia. No entanto, especialistas t�m d�vidas se o est�mulo ao mercado interno ser� suficiente para manter o crescimento econ�mico do pa�s.
De acordo com o pesquisador na �rea de finan�as p�blicas e cr�dito da Funda��o Getulio Vargas (FGV) Gabriel Leal de Barros, a redu��o do IPI para a linha-branca j� foi adotada, com sucesso, em 2009, para enfrentar a crise econ�mica mundial.
“At� onde esse est�mulo do mercado interno via aumento do consumo das fam�lias se sustenta dado o atual n�vel de endividamento das fam�lias? At� onde � poss�vel avan�ar dado esse estoque de d�vida que as fam�lias t�m hoje em m�os?”, questiona Barros.
Segundo ele, outra quest�o � saber que impactos a desonera��o do setor industrial pode ter na arrecada��o do governo federal. “N�s ainda n�o temos uma medida de quanto isso vai custar em termos fiscais, de qual o tamanho dessa desonera��o. � claro que toda desonera��o, na medida em que vai incentivar o consumo, gera um efeito multiplicador na economia. Mas qual o impacto disso? A quest�o fiscal est� muito apertada. O governo n�o tem muitas condi��es de abrir m�o de receitas”, disse.
De acordo com o pesquisador, � preciso aguardar os efeitos dessa medida, para saber se o governo precisar� adotar novas pol�ticas contra a crise econ�mica mundial.