Metade dos sites de compra coletiva no Pa�s est� inativa

Menos de dois anos ap�s o lan�amento do primeiro site de compras coletivas no Brasil, esse mercado mostra que veio para ficar, mas que n�o h� espa�o para aventureiros. Metade dos 1,6 mil sites de compras coletivas brasileiros est� inativa - n�o divulga ofertas ou est� fora do ar.

Al�m disso, os oito maiores portais do Pa�s concentram 85% do faturamento do setor. � o que aponta um levantamento feito em novembro pelo agrupador de ofertas SaveMe e pela consultoria e-bit, duas empresas do grupo Buscap�.

"A barreira de entrada para os neg�cios online � muito pequena e para os sites de compras coletivas, menor ainda. Eles nem precisam de estoque para vender na internet", diz o s�cio-fundador do SaveMe, Guilherme Wroclawski. Segundo ele, a facilidade de empreender levou a um boom de lan�amentos de empresas no segmento desde mar�o do ano passado, quando surgiu o primeiro portal do g�nero no Brasil, o Peixe Urbano. "Muitos empreendedores lan�aram um dom�nio, mas viram que o neg�cio n�o � f�cil e n�o tiveram f�lego para permanecer. A tend�ncia � de consolida��o", diz Wroclawski.

A empres�ria Magali Machado e seu marido, donos de uma pousada em Serra Negra (SP), est�o no grupo de pessoas que tiveram um neg�cio rel�mpago de compras coletivas. Depois de fazer uma oferta em um site de descontos e vender 1.000 di�rias para hospedagem na pousada, o casal se animou com o modelo de neg�cios e decidiu empreender. Eles criaram o seu pr�prio portal de compras coletivas, o Planeta do Desconto, em fevereiro deste ano, mas o site suspendeu as opera��es cinco meses depois.

"� um neg�cio muito legal, que d� retorno, mas s� se voc� tiver tempo para se dedicar exclusivamente a isso", disse a empres�ria. Al�m da pousada, o casal tamb�m � dono de duas lojas de brinquedos. "Faltou tempo para se dedicar ao site. Tivemos medo de perder algo que � certo pelo duvidoso", afirmou Magali. O Planeta do Desconto n�o chegou a dar preju�zo, nem lucro. "Empatamos. Mas deu muito trabalho", conclui.

Os sites pequenos ainda s�o a maioria no segmento de compras coletivas, mas a concorr�ncia com os grandes deve ser mais dif�cil. "Os sites grandes est�o crescendo mais e se distanciando dos menores. O neg�cio de compras coletivas parece simples, mas requer uma execu��o complexa", disse a diretora de comunica��o do Peixe Urbano, Leticia Leite. A aprova��o de uma oferta no site, por exemplo, � um processo com cinco etapas.

De um ano para c�, grandes portais como Peixe Urbano, Groupon e Clickon fortaleceram sua base de clientes, marcas e sua estrutura financeira e operacional. O Peixe Urbano, por exemplo, nasceu com uma equipe de cinco pessoas e hoje soma mil empregados em quatro pa�ses. "Quando o site come�ou, a meta era fechar o ano de 2010 com 300 mil clientes cadastrados. Tivemos 5 milh�es", disse Leticia.