Em estado de greve, aerovi�rios de Minas fazem assembleia na semana que vem

Os aerovi�rios (trabalhadores que atuam em solo) mantiveram, ontem, em ritmo normal o funcionamento do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, de Confins, na Grande Belo Horizonte. Eles est�o em estado de greve at� que a nova proposta de 6,5% de reajuste salarial para quem ganha acima do piso da categoria, apresentada na quinta pelas companhias a�reas, seja votada. Na noite da v�spera, houve paralisa��o durante uma hora e meia no terminal.

At� que uma decis�o seja tomada em assembleia, prevista para ser realizada no in�cio da pr�xima semana, os funcion�rios continuam trabalhando normalmente. “Estamos aguardando orienta��o das demais bases do sindicato”, afirmou o diretor de comunica��o da subsede mineira do Sindicato Nacional dos Aerovi�rios em Minas Gerais, Valter Aguiar. Rio de Janeiro, Bras�lia, Fortaleza e Salvador tamb�m n�o chegaram a um acordo com o sindicato das empresas a�reas.

Durante toda a sexta-feira, o funcionamento nos principais aeroportos do pa�s foi tranquilo, com cerca de 10% dos voos com atrasos superiores a 30 minutos, percentual considerado normal pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportu�ria (Infraero). Segundo balan�o da estatal, �s 19h, no aeroporto de Confins, dos 117 voos previstos, 13 decolaram fora do hor�rio (11,1%) e dois foram cancelados. Em todo o pa�s, 257 das 2.291 viagens apresentaram atrasos na decolagem e 64 foram canceladas.

A nova proposta das empresas, que levou � suspens�o das paralisa��es na noite de quinta-feira prev� aumento de 6,5% ante oferta anterior de 6,17%, que era suficiente apenas para recompor as perdas para a infla��o no per�odo. Apesar do avan�o nas discuss�es, a reivindica��o da categoria � de aumento salarial de 10% e 14% de eleva��o do piso. As companhias a�reas j� haviam proposto reajuste de 10% para o sal�rio base dos trabalhadores.

Atento ao movimento grevista, Bruno Coelho e a fam�lia ficaram aliviados ao saber que o funcionamento de Confins havia retornado ao normal. “Ficamos de olho em casa e a not�cia da suspens�o nos tranquilizou muito”, conta o administrador de empresas. Para evitar transtornos, L�cia de Paula e a fam�lia chegaram com duas horas de anteced�ncia ao aeroporto. “Vamos passar o Natal e o ano-novo em Guarapari”, contou, enquanto caminhava tranquilamente na fila de check-in.

Passageiros com voos marcados para hoje e amanh� em Confins podem ficar tranquilos j� que n�o est�o programadas manifesta��es para o fim de semana. A boa not�cia, por�m, n�o reduz a forte movimenta��o no aeroporto t�pica desta �poca do ano. Somente ontem, cerca de 30 mil pessoas circularam pelos sagu�es, volume que deve ser superado na v�spera do ano-novo, segundo previs�es da Infraero.

Acordos fechados

Em Guarulhos, Porto Alegre e Recife, os sindicatos que representam a categoria aceitaram a proposta das empresas a�reas e descartaram a greve. Os aeronautas – pilotos e comiss�rios –  optaram por fechar acordo ao aceitarem a oferta de ajuste de 6,5% dos sal�rios e 10% de alta nos pisos.

Com negocia��o pr�pria, os aeroportos de Congonhas e do Campo de Marte, representados pelo Sindicato dos Aerovi�rios no Estado de S�o Paulo, ligado � For�a Sindical, ainda est�o com situa��o indefinida. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) limitou uma greve � participa��o de 20% do quadro de pessoal hoje e nos dias 29, 30 e 31 para atender a movimenta��o de ano-novo, sob pena de multa de R$ 100 mil. (Colaborou Frederico Bottrel)