Gasto com pessoal ainda compromete investimentos

Os gastos com pessoal e encargos pelo governo federal comprometem cada vez mais o or�amento p�blico, limitando um crescimento mais consistente do investimento em ano de crise internacional. Mesmo sem contemplar reajustes adicionais para os servidores p�blicos e para aposentados e pensionistas que ganham mais de um sal�rio m�nimo, essa despesa abocanhou R$ 203,24 bilh�es do Or�amento de 2012, que foi aprovado na noite de quinta-feira pelo Congresso Nacional.

Segundo o relat�rio do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), se confirmado esse n�mero, entre o ano de 2000 e o fim de 2012, haver� uma expans�o de 249% desses desembolsos. Em 2000, o gasto do governo com pessoal e encargos foi de R$ 58,240 bilh�es. Em 2011, j� se verifica uma redu��o do ritmo de expans�o. A expectativa � de que essa despesa chegue a R$ 199,765 bilh�es no acumulado de janeiro a dezembro - valor 1,8% maior do que o previsto na pe�a or�ament�ria de 2012.

Mas s� n�o foi verificada uma acelera��o desses disp�ndios nas contas de 2012 porque prevaleceu, durante as negocia��es para aprova��o do or�amento, o discurso do governo de que � preciso conter o avan�o de despesas obrigat�rias para garantir a expans�o do investimento e do emprego em um ano de crise internacional. Por isso, os pedidos de reajustes dos servidores do Judici�rio, do Minist�rio P�blico da Uni�o e do Legislativo e das aposentadorias acima do sal�rio m�nimo n�o foram atendidos.

O �nico compromisso assumido pelo governo no Plen�rio do Congresso � que ser� institu�da uma mesa de negocia��o para criar uma pol�tica permanente de valoriza��o das aposentadorias e pens�es acima do sal�rio m�nimo e discutir os pleitos dos servidores. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.