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Estado de Minas

Consumidor de SP foi ignorado sobre fim das sacolinhas


postado em 25/01/2012 07:36

A partir de hoje, o consumidor vai ter de adicionar um item � sua trivial comprinha de supermercado: al�m do cart�o de cr�dito e da lista de compras, ter� de levar de casa recipientes para substituir as famigeradas sacolas pl�sticas.

O acordo que deve banir a sacola pl�stica de quase 90% das redes foi assinado entre a Associa��o Brasileira de Supermercados (Apas) e o governo do Estado de S�o Paulo em maio de 2011.

“� louv�vel que a Apas tenha tomado a iniciativa, mas o Idec entende que n�o ocorreu o devido processo de conscientiza��o e informa��o necess�rio para que o consumidor cumpra sua parte”, opina Lisa Gunn, coordenadora executiva do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Segundo ela, a ideia de responsabilidade compartilhada - que norteia a Pol�tica Nacional dos Res�duos S�lidos (PNRS) - inclui a constru��o de solu��es de forma tamb�m compartilhada, o que n�o ocorreu, pois o consumidor n�o foi inclu�do no processo.

“O consumidor est� cheio de d�vidas. Desde as mais simples, como se deve ou n�o embalar detergente junto com comida, at� questionamentos sobre o valor das sacolas biodegrad�veis, que ser�o fornecidas a R$ 0,19. De onde vem esse valor? Quanto custava a outra sacola, cujo valor estava embutido nos produtos? Esse valor de R$ 0,19 vai subsidiar a compra das sacolas reutiliz�veis? Nada disso foi explicado”, afirma ela.

De acordo com o diretor de sustentabilidade da Apas, Jo�o Sanzovo, pode acontecer de algumas pessoas n�o quererem aderir � campanha. “Pode ocorrer, mas, pela experi�ncia que tivemos em Jundia�, � uma minoria, que n�o quer sair de sua zona de conforto. Mas, de fato, algumas pessoas v�o precisar de ajuda e informa��o para abandonar a cultura do descarte. ”

Op��es

Entre as op��es que o consumidor ter� nos pontos de venda est�o as sacolas de algod�o, de PET, de r�fia e de polipropileno (todas reutiliz�veis), al�m dos carrinhos de feira (de tecido ou comuns). Mas os especialistas dizem que o melhor � trazer sacolas de casa, pare evitar a compra desnecess�ria.

“Essa ideia de ter de comprar sacola n�o corresponde bem � realidade. Todo mundo tem em casa suas sacolas guardadas. At� mesmo aquelas bolsas de palha que se usa para ir � praia podem ser usadas para compras. Ele s� vai ter de comprar se esquecer. E se comprar, ser� uma vez s�”, diz a gerente de consumo sustent�vel do Minist�rio do Meio Ambiente, Fernanda Daltro.

Sanzovo, da Apas, diz que h� uma hierarquia para as op��es. “A primeira provid�ncia � trazer de casa. Se n�o trouxer, o caixa vai oferecer a biocompost�vel. Se ele n�o quiser comprar a biocompost�vel, a loja oferecer� caixa de papel�o. N�o vamos deixar ningu�m sair da loja com as compras sem embalagem.”

Lisa Gunn, do Idec, diz que a falta de clareza pode criar uma tend�ncia de se recha�ar a medida. “Temos de entender que o processo de consumo sustent�vel passa pela informa��o, conscientiza��o e educa��o do consumidor. Se ele tiver de comprar saco de lixo para p�r no banheiro, h� de se perguntar em que o saco de lixo � diferente da sacolinha. Essa resposta n�o foi dada.”


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