A defla��o de 0,34% no grupo Alimenta��o na primeira quadrissemana de fevereiro surpreendeu o coordenador do �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC) da Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas (Fipe), Rafael Costa Lima. Em entrevista � Ag�ncia Estado, ele disse que, apesar de sinais de arrefecimento nos pre�os dos alimentos, descartava uma queda t�o acentuada.
Na semana passada, ao comentar o resultado do IPC de janeiro, Costa Lima disse que esperava um leve aumento (0,05%) no grupo Alimenta��o na primeira quadrissemana de fevereiro. Mas o resultado contrariou a expectativa. "Os produtos in natura j� vinham desacelerando neste in�cio de 2012 em raz�o da quantidade menor de chuvas em rela��o ao ano passado. Os alimentos semielaborados, que estavam subindo, passaram a recuar", disse. Os produtos in natura desaceleraram de 2,56% em janeiro para alta de 1,26% na primeira medi��o deste m�s. J� os semielaborados sa�ram de recuo de 0,19% para queda de 1,93% no per�odo.
Para a segunda e terceira quadrissemanas de fevereiro, Costa Lima acredita que o grupo Alimenta��o vai continuar apresentando queda, respectivamente, de 0,41% e 0,06%. Ele alerta, contudo, que os pre�os em baixa dos alimentos no
J� Habita��o tende a pressionar o �ndice cheio em fevereiro para cima, na avalia��o do coordenador da Fipe. O grupo registrou eleva��o de 0,37% na primeira quadrissemana, impulsionado pelo item Equipamentos do Domic�lio (+1,18%). A alta, segundo ele, foi influenciada pelos pre�os mais caros de geladeiras, que avan�aram 5,64% nesta primeira medi��o de fevereiro, mas que j� estaria perto do fim. Para Costa Lima, tudo indica que esse setor elevou os pre�os depois da redu��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para produtos da linha branca.
Uma das press�es mais evidentes no grupo Habita��o nesta primeira quadrissemana, conforme a Fipe, ser� o efeito da cobran�a do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), que j� teve impacto nesta primeira medi��o, ao subir 1,25%. A Fipe espera que o IPC registre um aumento de 7,37% no item Habita��o, no final de fevereiro. Por outro lado, a expectativa de menor press�o do grupo Educa��o continuar�, conforme a Fipe. Na primeira quadrissemana de fevereiro, a alta desse item foi de 5 46% e a estimativa do instituto para a pr�xima medi��o � de eleva��o de 3,05%. "Os pre�os devem diminuir at� chegarem � alta de 0,69% no fim do m�s."