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Estado de Minas

Revis�o de acordo com M�xico visa a nacionaliza��o dos componentes


postado em 17/02/2012 16:07 / atualizado em 17/02/2012 16:26

A amea�a de rompimento do acordo automotivo com o M�xico � um caminho para o governo brasileiro aumentar a produ��o de ve�culos e autope�as no Brasil com maior conte�do local, de acordo com informa��o dada � Ag�ncia Estado por alta fonte do setor automotivo. Apesar da exig�ncia de que os carros produzidos no Pa�s tenham 65% de componentes locais, o governo constatou, nos �ltimos meses, que tanto as novas montadoras como as que j� atuam no Brasil t�m usado cada vez menos pe�as locais. Uma outra fonte do setor informa que estudos revelam que 60% das importa��es brasileiras de autope�as em 2011 foram destinadas � produ��o nas f�bricas.

Ford e Volkswagen, duas das maiores montadoras que atuam no Brasil, registraram crescimento, respectivamente, de 20,27% e de 31,7% nas importa��es em 2011 e tiveram d�ficit comercial de US$ 300 milh�es cada uma. Das dez maiores importadoras do Pa�s em 2011, tr�s s�o montadoras com f�bricas no Brasil, al�m da Ford e Volks, a Toyota. "O problema n�o � o M�xico. � o futuro da ind�stria brasileira", afirmou uma fonte.

O an�ncio da nova pol�tica industrial brasileira para o setor automotivo est� em discuss�o desde o governo Luiz In�cio Lula da Silva e foi adiado diversas vezes. A expectativa do setor � que seja divulgado at� o fim deste semestre. Nesse sentido, a renegocia��o do acordo automotivo do Mercosul com o M�xico � crucial para a defini��o da nova pol�tica que vai vigorar de 2013 a 2016. Isso porque o governo Dilma Rousseff estuda conceder incentivos fiscais para montadoras que comprovem investimentos em pesquisa, desenvolvimento e tecnologia verde.

O governo acredita que os investimentos das montadoras no Pa�s podem aumentar, dependendo dos rumos do acordo entre Mercosul e M�xico. Qualquer mudan�a no acordo, ou mesmo o rompimento dele, dever� demorar 14 meses para entrar em vigor.


Medo das maquiladoras

H� suspeitas de que os carros produzidos no M�xico, que, pelo acordo vigente, j� possuem menor conte�do local do que no Mercosul, com exig�ncia de 50%, n�o t�m cumprido sequer esse porcentual. Se comprovada essa desconfian�a, as montadoras estariam atuando como "maquiladoras" - ou seja, empresas que compram componentes importados, principalmente dos Estados Unidos, para apenas mont�-los em territ�rio mexicano.

O temor do governo � o de que, se n�o houver uma pol�tica forte nos pr�ximos anos, a ind�stria brasileira tamb�m se torne "maquiladora". Isso porque o �ndice atual de 65% de conte�do local pode cair, na pr�tica, para a compra de apenas 21% de pe�as locais, segundo o Sindipe�as. A redu��o ocorre porque o c�lculo � feito sobre o valor de venda do ve�culo, que inclui, por exemplo, sal�rios de executivos e marketing, e n�o sobre o custo de produ��o.

O ex-ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior (MDIC) Miguel Jorge, que j� atuou no setor automotivo nacional, avalia que, antes de exigir um conte�do local maior, o governo precisa elevar a competitividade da ind�stria brasileira, com a aprova��o de reformas que diminuam a carga tribut�ria, a burocracia para exportar e reduzam o impacto do real valorizado no custo da produ��o. "Romper o acordo n�o � um bom caminho", afirmou, sobre a possibilidade de o Brasil for�ar o fim do acordo entre Mercosul e M�xico.

Para o diretor do Departamento de Economia da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), Paulo Francini, a falta de competitividade da ind�stria de transforma��o no Pa�s � evidente e o maior culpado, segundo ele, � a taxa de c�mbio. "Isso est� na raiz do aumento das importa��es. E o processo de desindustrializa��o no Pa�s est� avan�ando de forma galopante", afirmou, referindo-se tamb�m �s montadoras.

Ex-vice-presidente da GM brasileira por 18 anos, o consultor Andr� Beer compartilha da avalia��o de Jorge. "Pe�as produzidas em pa�ses como China, por exemplo, que n�o possui os mesmos encargos trabalhistas que temos no Brasil, s�o muito mais baratas", disse, sobre a poss�vel exig�ncia do maior conte�do local nas montadoras. "N�o existe rela��o equitativa se os dois pa�ses n�o t�m conte�do local semelhante."

A assessoria do MDIC informou � Ag�ncia Estado que os termos de renegocia��o do acordo entre Mercosul e M�xico n�o foram definidos. Mas o ministro Fernando Pimentel j� deu manifestou que o governo tem a inten��o de que a renegocia��o do acordo leve a um aumento do conte�do local na produ��o de ve�culos no Brasil e no M�xico e que inclua caminh�es e �nibus, que hoje n�o fazem parte do tratado.


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