O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avalia que o governo n�o pesou a m�o nas medidas macroprudenciais, adotadas para evitar o superaquecimento da economia e a alta da infla��o, apesar da influ�ncia dessas medidas na desacelera��o do crescimento da economia. Em 2011, o Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) cresceu 2,7%, percentual abaixo do esperado pelo governo.
“N�o acredito nisso [que o governo tenha exagerado nas medidas de desaquecimento da economia] porque havia risco de a crise financeira internacional se introduzir no Brasil. No ano passado est�vamos fazendo um ajuste na economia, sob o impacto do crescimento forte de 2010 [de 7,5%]. Criamos, ent�o, alguns desaceleradores, principalmente na pol�tica monet�ria e fiscal da economia brasileira. Mas, este ano, vamos fazer o contr�rio. Haver� refor�o de recursos no investimento”, disse o ministro hoje (6) durante coletiva de imprensa.

Segundo Mantega, o Brasil � um pa�s prevenido e, por isso, n�o permitir� o ingresso excessivo de capitais. “Vamos coibir esse tipo de opera��es e evitar o excesso de liquidez. Temos arsenal infinito para isso, e podemos aumentar nossa atua��o em larga escala. Assim, vamos impedir que a ind�stria seja novamente prejudicada e manter menos valorizado o real”, adiantou o ministro.
Perguntado se ainda h� espa�o na economia para a amplia��o de incentivos, Mantega disse que “sempre � poss�vel fazer est�mulos”, e que eles podem ser fiscais e monet�rios. “Temos mais condi��es de fazer isso do que no ano passado, quando o cen�rio era inflacion�rio.”
De acordo com o ministro, com os instrumentos e os recursos fiscais existentes, o governo tem condi��es de adotar as medidas necess�rias. “Se as tend�ncias forem confirmadas, principalmente a desacelera��o do crescimento chin�s, o risco maior ser� de defla��o de commodities. Por isso, n�o haver� maiores riscos inflacion�rios”, completou o ministro.
O PIB brasileiro cresceu 2,7% em 2011, na compara��o com o ano anterior, totalizando R$ 4,143 trilh�es. Em 2010, a taxa havia sido de 7,5%. Em termos proporcionais, o PIB brasileiro apresentou crescimento menor do que a m�dia mundial, que ficou em 3,8%, segundo o Fundo Monet�rio Internacional (FMI),
Sob a �tica da produ��o, a agropecu�ria cresceu 3,9%; a ind�stria, 1,6%; e os servi�os, 2,7%. Sob a �tica da demanda, foram registrados crescimentos no consumo das fam�lias (4,1%), no consumo do governo (1,9%) e na forma��o bruta de capital fixo, isto �, nos investimentos (4,7%).
Em termos per capita, o PIB teve uma expans�o de 1,8% em 2011. Com isso, o PIB per capita alcan�ou R$ 21.252, em valores correntes. Em 2010, o PIB per capita havia crescido 6,5%.