O presidente do Banco Central do Uruguai, Mario Bergara, disse hoje que a reuni�o realizada nesta sexta-feira entre os presidentes dos bancos centrais do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) e associados (Chile, Peru, Bol�via e Venezuela) foi importante para fazer um interc�mbio de opini�es e de informa��es sobre as economias dos pa�ses. "Discutimos, entre outros temas, a evolu��o e avalia��o das pol�ticas de acumula��o das reservas dos pa�ses, que se mostraram bastante efetivas para enfrentar o contexto internacional atual", disse em entrevista coletiva � imprensa.
"Alguns pa�ses que participam do G-20 nos passaram um pouco a vis�o da economia global, onde os pa�ses avan�ados continuam tendo dificuldades em mat�ria de crescimento, sobretudo no curto prazo, com expans�o monet�ria que continua sendo importante nos Estados Unidos e seguramente ser� na Europa. Embora haja uma revis�o para baixo do crescimento da economia chinesa, o pa�s continuar� crescendo a uma taxa razo�vel, e consequentemente, os pre�os das mat�rias primas n�o dever�o ser afetados substancialmente", resumiu Bergara.
Ele reconheceu que "as economias da regi�o est�o sendo afetadas pela crise internacional e que o Brasil � um fator importante porque participa desse grupo de pa�ses emergentes no mundo, que s�o os que est�o impulsionando o crescimento no mundo".
Bergara comentou ainda que conversou com a colega argentina, Mercedes Marco Del Pont, sobre a ado��o do sistema de pagamento em moedas locais no com�rcio bilateral, a exemplo do mecanismo usado pelo Brasil e Argentina, que dispensa o uso de d�lares no interc�mbio comercial. Ele disse tamb�m que o uso do mecanismo entre o Uruguai e o Brasil j� foi acertado entre os dois pa�ses, mas falta a aprova��o do Congresso brasileiro. "Tomara que seja aprovado o quanto antes, mas n�o podemos marcar os tempos do Legislativo, nem do Executivo do Brasil", afirmou.
Sobre a reestrutura��o da Gr�cia, o presidente do BC uruguaio comentou que foi um passo importante na dire��o do reordenamento em n�vel global da economia. "� melhor que todos estejamos bem. Na medida em que os pa�ses europeus v�o resolvendo suas situa��es, isso vai repercutindo positivamente nas nossas economias", opinou. A instabilidade e a incerteza global diminuir�o e todos vamos poder tomar decis�es com mais seguran�a disse o presidente do BC uruguaio, acrescentando que a renegocia��o da d�vida grega � apenas o primeiro passo. "O desafio � grande porque uma coisa � resolver os problemas de curto prazo no terreno financeiro, mas as coisas se resolvem mesmo, no m�dio e longo prazos, � base de crescimento", destacou.
Para Bergara, o grande desafio das economias europeias � aproveitar o reordenamento financeiro para gerar uma base de crescimento. Ele lembrou que os pa�ses da regi�o sa�ram rapidamente das crises porque reordenaram suas finan�as e aplicaram medidas de crescimento da economia.