A nova medida do governo federal para conter a valoriza��o do real ante o d�lar � positiva mas n�o deve surtir grande efeito, segundo Armando Castelar, pesquisador da Funda��o Getulio Vargas (FGV). Decreto publicado hoje (12) no Di�rio Oficial da Uni�o eleva de tr�s para cinco anos a cobran�a de 6% do Imposto sobre Opera��es Financeiras (IOF) nas liquida��es de opera��es de c�mbio contratadas a partir dessa data, para ingresso de recursos no pa�s (empr�stimos externos).
Com a medida, o dinheiro externo precisar� ficar cinco anos no Brasil para evitar a taxa��o de 6% do IOF. No dia 1º, o governo j� tinha elevado o prazo, de dois para tr�s anos, depois de, em 2011, ter aumentado de um para dois anos.
“A medida, em si, de aumentar o prazo para incid�ncia de IOF contribui, no sentido em que penaliza um pouco a entrada de capitais de prazo mais curto e em que torna a aplica��o menos l�quida, mas eu entendo que o efeito efetivo ser� pequeno. As empresas acabam entrando com esse dinheiro na forma de investimento direto ou fazendo opera��es que deem alguma triangula��o”, disse.
Segundo o pesquisador, a medida do governo reflete uma preocupa��o “correta” de evitar a supervaloriza��o do real ante o d�lar, j� que isso prejudica as exporta��es brasileiras e, consequentemente, a ind�stria nacional.