Revitaliza��o gera lucro para comerciantes da Savassi

Toda moeda tem dois lados. Se as obras da Savassi prejudicaram e chegaram a levar ao encerramento das atividades de v�rios lojistas, como o tradicional Caf� da Travessa, de outro abre oportunidades para comerciantes, que ganharam mais espa�o na rua, planejam investir no neg�cio e criar atrativos. O restaurante Baiana do Acaraj�, por exemplo, tem duas unidades na �rea fechada da Rua Ant�nio de Albuquerque e est� investindo R$ 200 mil na reforma do banheiro e pintura da fachada.

“Estamos tentando acompanhar um pouco o que a Savassi vai ser. O movimento tende a crescer. O mobili�rio das mesas, por exemplo, vai ser trocado por madeira”, diz Odair Jos� Gomes Melo, dono do Baiana do Acaraj�. Ele conta que o movimento no restaurante chegou a cair entre 45% e 50% no per�odo das obras, mas agora voltou ao normal. As duas unidades do Baiana no quarteir�o t�m cerca de 40 mesas nas cal�adas, que ganharam mais espa�o. O restaurante que abria para almo�o de quinta a domingo passa a funcionar de ter�a a domingo a partir de abril.

O 3 Cora��es Caf�, no mesmo quarteir�o fechado, tamb�m se prepara para reforma. “A tend�ncia � resgatar o p�blico antigo da Savassi, que migrou para o Bairro de Lourdes e outras regi�es. Todo belo-horizontino gosta daqui, que foi sempre um bairro charmoso”, observa Francisco Miranda, dono do caf�. Ele conta que a obra levou o movimento do estabelecimento a cair em torno de 20%, mas j� retornou.

Antigos patamares

O Takos Cocina Mexicana, no mesmo quarteir�o, passou por dificuldades no per�odo das reformas. “Mas as pessoas j� est�o voltando”, diz o dono do restaurante, Leandro de Castro Melo. Ele conta que os lucros j� est�o retornando aos antigos patamares. A receita da cafeteria cresceu depois do fim da reforma. “E com a chegada dos hot�is, que ser�o constru�dos nos pr�ximos anos, estimamos que as vendas deve crescer em torno de 80%”,diz Melo.

A Ag�ncia Status, que opera como livraria, papelaria e faz apresenta��es, tem planos de incrementar a parte cultural no quarteir�o fechado da Pernambuco, onde est� localizada. No planejamento est�o previstos espet�culos com malabaristas, equilibristas, trapezistas, m�gica e teatro infantil. Uma vez por m�s, o dono da Status pretende trazer bandas de m�sica do interior. J� h� um palco na loja e diariamente s�o promovidos shows de jazz, chorinho, MPB e apresenta��o de teatro, de segunda a sexta. A livraria est� construindo um segundo palco para abrigar mais 20 mesas e 60 lugares. “A reforma vai permitir fazer mais shows. Em 2013 esperamos dobrar o faturamento de 2010. Mas para isso vamos ter que contar ainda com a vigil�ncia maior”, diz Rubens Batista, dono da Status, que tamb�m confessa que sofreu com os problemas gerados pelas obras de revitaliza��o da Savassi. Os shows representam cerca de 20% do faturamento da livraria.