A frustra��o com o Produto Interno Bruto (PIB) da China no primeiro trimestre deste ano e a fr�gil situa��o financeira na Espanha pesam sobre os mercados financeiros nesta sexta-feira e devem reconduzir a Bovespa ao terreno negativo, ap�s a sequ�ncia de quedas na semana ter sido interrompida ontem. O Ibovespa abriu em queda de 0,86%, aos 62.513 pontos. E �s 10h36 j� perdia 1,04%. Enquanto nenhuma nova a��o dos bancos centrais das principais economias do mundo � anunciada, os investidores preferem desfazer suas posi��es e fugir do risco.
Se ontem surgiram relatos de que a China poderia surpreender com os n�meros que divulgaria no fim do dia, esses boatos se confirmaram, mas n�o agradaram. Ainda assim, a despeito da surpresa negativa com o crescimento de 8,1% do PIB da China nos tr�s primeiros meses deste ano, abaixo da previs�o de alta de 8,3%, outros indicadores mostram discreta retomada da atividade ao final desse per�odo.
� o que avaliam analistas, em relat�rios publicados na manh� desta sexta-feira, repercutindo tamb�m os n�meros do pa�s asi�tico sobre a produ��o industrial e as vendas no varejo em mar�o. Dessa forma, o governo de Pequim deve seguir calibrando as pol�ticas monet�ria, credit�cia e fiscal, gradualmente, de modo a acomodar o crescimento chin�s em um ritmo mais sustent�vel.
Seja como for, "ainda h� um crescimento robusto na China", afirma o operador s�nior da Corretora Renascen�a, Luiz Roberto Monteiro, e a desacelera��o em curso n�o sinaliza um pouso for�ado no gigante emergente. "Tudo indica que o pa�s vai continuar crescendo na casa de 8%", completa.
Com isso, o profissional acredita que a Bolsa deve devolver uma parte da alta da v�spera (+2,88%), deixando o 63 mil pontos escapar de novo, mas a queda n�o deve ser exagerada. "Deve ser algo entre 0,50% e 1,00%", avalia.
A Bolsa de Madri despontava como a pior performance entre os principais mercados europeus, levando consigo a Bolsa de Mil�o, abalada por um temor de cont�gio. Diante disso, crescem as apostas de que o BCE retome a compra de t�tulos soberanos, aliviando o peso da crise das d�vidas na zona do euro.
J� em Nova York, enquanto a terceira rodada do programa de relaxamento quantitativo (QE3) n�o vem, os investidores digerem o balan�o do JPMorgan e do Google, anunciados entre a noite de ontem e esta manh�, assim como o aumento ligeiramente acima do esperado da infla��o ao consumidor no m�s passado, pressionada pelos pre�os de energia.
Por aqui, o HSBC decidiu tornar-se o primeiro grande banco privado de varejo a anunciar uma redu��o das taxas de juros cobradas dos clientes desde que o governo come�ou a pressionar o setor financeiro nacional. Em comunicado divulgado no in�cio da noite de ontem, o sexto maior banco do Pa�s por ativos (R$ 146,5 bilh�es em dezembro) informou que diminuiu as taxas m�nimas em tr�s modalidades: cr�dito pessoal, financiamento de ve�culos e cr�dito consignado.