O tom positivo nos mercados europeus nesta manh�, com dados econ�micos favor�veis na zona do euro e no Reino Unido, conduzem o d�lar em trajet�ria de decl�nio ante diversos de seus pares no ambiente externo. Analistas advertem, por�m, que os n�meros positivos ainda podem ser ofuscados pelo alargamento dos yields de b�nus da Espanha e da It�lia nesta sexta-feira.
Por aqui, a moeda norte-americana n�o tem espa�o de manobra para recuo sens�vel ante os arredores de R$ 1,90. Depois de cinco sess�es com dois leil�es di�rios de compra de d�lar � vista, diz muito a aus�ncia do Banco Central no mercado, ontem, quando a moeda no balc�o fechou em R$ 1,8860, depois de ter testado as m�ximas de R$ 1,8920, no in�cio do per�odo vespertino, e R$ 1,8940, mais ao meio da tarde. A aus�ncia do BC ontem, com a moeda nos n�veis citados, � vista como disciplinadora, refor�ando a percep��o dos agentes do mercado de que o n�vel buscado pela autoridade monet�ria para o d�lar est� na casa de R$ 1,90. No mercado dom�stico, o d�lar abriu em queda de 0,37%, a R$ 1,8790.
Nesta quinta-feira, quando o BC ficou ausente da compra de d�lar � vista, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em Washington, reafirmou que a interven��o no c�mbio � "absolutamente necess�ria e n�s vamos continuar fazendo". Para um estrategista, os coment�rios do ministro refor�am a percep��o sobre novo o piso informal para o d�lar, em dire��o a R$ 1,90.
As discuss�es sobre modifica��o nas regras de remunera��o da poupan�a tamb�m tendem a ter reflexo nas cota��es do d�lar no mercado de c�mbio dom�stico, como um efeito derivado do que deve ocorrer nos DIs. A raz�o � que a percep��o dos agentes do mercado sobre 'porta aberta' deixada pelo Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) para uma eventual redu��o adicional do juro b�sico, em dire��o � m�nima hist�rica, caminha para concretiza��o com a retirada da barreira ligada aos limites impostos pela remunera��o da poupan�a. Selic ainda mais baixa favorece, em tese e ao menos no curto prazo, deprecia��o do real, diante da redu��o de uma das vari�veis de atratividade de d�lares vindos do exterior. Na pr�tica, por�m, no m�dio e no longo prazos, h� que se ponderar que os juros nas economias avan�adas est�o muito baixos e que o Brasil tem necessidades importantes de investimentos em infraestrutura nos pr�ximos anos.
Na zona do euro, o �ndice alem�o Ifo de confian�a dos empres�rios teve leve alta para 109,9 pontos, de 109,8 em mar�o, acima das expectativas. No Reino Unido, as vendas no varejo subiram 1,8% em mar�o ante o m�s anterior, acima do projetado. Na agenda, entre os destaques est� o in�cio oficial a reuni�o de Primavera do FMI, nos Estados Unidos.