O ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve defender hoje, em Washington, que a Alemanha adote medidas de est�mulo para evitar mais um estancamento da economia mundial. Segundo o texto do discurso, antecipado � imprensa, Mantega levar� o assunto ao Comit� Monet�rio e Financeiro Internacional (IMFC, na sigla em ingl�s).
Nas declara��es que far� no FMI (Fundo Monet�rio Internacional), o ministro deve dizer que as medidas de austeridade tomadas pelas economias avan�adas est�o reduzindo o crescimento nas economias emergentes. Segundo o texto distribu�do � imprensa, Mantega dir� que o Brasil "far� o que julgar necess�rio" para exercer controle sobre o fluxo excessivo e desestabilizador de capitais para o pa�s.
"A consolida��o fiscal est� pesando no crescimento de muitas economias avan�adas. Concordamos com o fundo que essas economias, com espa�o suficiente [para expans�o de gastos], deveriam reduzir o passo do ajuste fiscal e deixar os estabilizadores autom�ticos operarem", diz o texto do discurso.
Para o ministro, "algumas delas podem inclusive introduzir est�mulos fiscais”. “A Alemanha e alguns pa�ses do Norte da Europa, por exemplo, podem estar aptos a adotar pol�ticas fiscais mais flex�veis. Isso n�o s� ajudaria a demanda global, como facilitaria o reequil�brio dentro da zona do euro."
Mantega deve usar o mesmo tom ao falar das pol�ticas de expans�o monet�ria adotadas pelos pa�ses desenvolvidos para conter os efeitos da crise, fazendo ressalvas ao FMI por n�o apoiar os pa�ses emergentes que tentam se defender. "Algumas economias est�o pagando um alto pre�o pelas pol�ticas monet�rias ultrafrouxas das economias avan�adas. O aumento na liquidez global rapidamente encontra sua dire��o para as economias emergentes, especialmente aquelas com fundamentos econ�micos mais fortes, como o Brasil", diz o discurso distribu�do � imprensa.
"O governo brasileiro permanece comprometido a fazer o que julgar necess�rio para conter os fluxos excessivos e vol�teis de capital, por meio de uma combina��o de interven��o nos mercados de c�mbio � vista e futuros, medidas macroprudenciais e controles de capital."
O ministro deve manifestar ainda preocupa��o com o ritmo lento de implementa��o das mudan�as de cota e governan�a decididas pelo fundo em 2010. Essas reformas precisam ser adotadas at� outubro deste ano. Segundo ele, os pa�ses do fundo t�m apenas seis meses para aprovar as reformas nos respectivos parlamentos. Uma nova f�rmula para a distribui��o de poder no FMI come�ou a ser estudada. O modelo deve ser aprovado no ano que vem e posto em pr�tica em 2014.
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