A ata do encontro do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), realizado na semana passada e divulgada nesta quinta-feira, sacramentou a extens�o da queda dos juros b�sicos da economia e retirou o compromisso em manter o tabelamento da Selic ligeiramente acima do m�nimo hist�rico. A taxa est� hoje em 9% ao ano. Mas os cortes vir�o com parcim�nia, potencialmente com recuos de 0,25 ponto porcentual, embora existam diverg�ncias quanto � dosagem. Essa � a interpreta��o de tr�s fontes - um economista, um operador e um executivo do mercado financeiro que j� acompanhou de perto as decis�es do colegiado em gest�es anteriores.
O Banco Central avisou na ata que uma queda adicional da taxa b�sica de juros (Selic) deve ser conduzida com "parcim�nia". No encontro da semana passada, o Comit� reduziu a Selic em 0,75 ponto porcentual, de 9,75% para 9%. "Mesmo considerando que a recupera��o da atividade vem ocorrendo mais lentamente do que se antecipava, o Copom entende que, dados os efeitos cumulativos e defasados das a��es de pol�tica implementadas at� o momento, qualquer movimento de flexibiliza��o monet�ria adicional deve ser conduzido com parcim�nia", diz o documento.
"Parcim�nia quer dizer 0,25 ponto porcentual (pp). Moderado � 0 50 pp", comentou a fonte que j� esteve pr�xima das decis�es do Copom em uma gest�o anterior � do atual presidente do BC, Alexandre Tombini. Essa fonte v� uma sequ�ncia de 0,25 pp de cortes da Selic.
"O Bacen sacramentou a extens�o da queda dos juros. Mas mantemos nosso cen�rio de corte de 0,50 ponto porcentual para o encontro de maio", disse o economista-chefe da Prosper, Eduardo Velho, por meio do sistema de mensagem eletr�nica AE Chat, da plataforma de not�cias AE BroadCast.
"An�lise crua indica movimentos de 0,25 ponto porcentual. Entre zero e dois cortes, dependendo dos dados", comentou um operador de uma grande seguradora estrangeira que atua no segmento de DIs na BM&FBovespa.
Riscos
Na ata, o Banco Central alertou que continuam elevados os riscos associados ao processo de "desalavancagem" dos bancos, das fam�lias e dos governos nos principais blocos econ�micos. De acordo com o documento, o Copom avalia que a desacelera��o da economia brasileira no segundo semestre do ano passado foi maior do que se antecipava e que eventos recentes indicam posterga��o de uma solu��o definitiva para a crise financeira europeia. "Esses e outros elementos, portanto, comp�em um ambiente econ�mico em que prevalece o n�vel de incerteza muito acima do usual", diz a ata.
Na avalia��o dos integrantes do Copom, o cen�rio prospectivo para a infla��o, desde sua �ltima reuni�o, manteve sinais favor�veis. O Comit� ressalta tamb�m que, no cen�rio central com que trabalha, a taxa de infla��o posiciona-se em torno da meta em 2012, de 4,5%.