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Estado de Minas

Mudan�as for�am fundos a baixar taxa de administra��o


postado em 03/05/2012 19:46

Ao alterar a regra do rendimento da caderneta de poupan�a, al�m de evitar uma migra��o indesej�vel dos aplicadores em fundos para a poupan�a no caso de a Selic cair para o n�vel de 8,5% a 8%, o governo est� for�ando a redu��o da taxa de administra��o dos fundos. A conclus�o � do s�cio-diretor da Valorando Consultoria, Alexandre P�voa. E a conta que baliza essa conclus�o, de acordo com gestor, n�o � das mais dif�ceis de se fazer.

Com a nova regra, a poupan�a passa a render 70% da taxa b�sica de juros, a Selic, mais a varia��o da Taxa Referencial (TR). Tomando como base a expectativa de corte de 0,50 ponto porcentual da Selic na reuni�o de maio (dias 29 e 30) dos atuais 9% ao ano para 8,5% e depois novo corte de 0,5 ponto para fechar o ano em 8%, a poupan�a passaria a render 5,95% mais a varia��o da TR, o que daria � poupan�a, no agregado, um rendimento de mais ou menos 6% ao ano.

Este novo rendimento da poupan�a estaria praticamente empatado com a rentabilidade m�dia oferecida pelos fundos de investimento. Isso porque da Selic de 8,5% ao ano seria descontada uma taxa de administra��o de 1%, em m�dia, mais algo em torno de 1,5% decorrente da tributa��o pela taxa m�dia de 17 5% do Imposto de Renda, o que deixaria os fundos com um rendimento de algo pr�ximo tamb�m a 6% ao ano.


"Desta forma, qualquer fundo que operar com uma taxa de administra��o superior a 1,5% estar� com problemas", diz P�voa, para quem o governo est�, com isso, for�ando os gestores de fundos a se tornar mais competitivos. Quanto � mudan�a na regra da poupan�a, avalia o s�cio da Valorando Consultoria, ela em si n�o traz impl�cita nenhum compromisso de redu��o da taxa de juros. "Se todos os problemas dos juros fossem a poupan�a, estaria muito bom", diz P�voa.

De acordo com ele, ao alterar o rendimento da caderneta de poupan�a, o governo removeu um empecilho, condi��o necess�ria, mas n�o suficiente, para baixar juros. "Voc� baixa juros quando a economia est� ruim. At� recentemente, quando a economia estava aquecida, o governo poderia ter mexido na poupan�a e mesmo assim a taxa de juros teria condi��es de ser reduzida", explica P�voa.

O economista-chefe de uma grande gestora de fundos consultada pela Ag�ncia Estado e que pediu para n�o ser identificado concorda com P�voa. Segundo ele, com a Selic caindo para algo como 8% e 8,5% ao ano, se o governo n�o tivesse feito nada, certamente iria ocorrer uma migra��o das aplica��es dos fundos para a poupan�a, inundando o sistema imobili�rio com recursos al�m do necess�rio para financiar a moradia pr�pria. Isso porque por lei, 65% do valor depositado na caderneta de poupan�a deve ser direcionado para as linhas de financiamento da casa pr�pria.

Ou seja, para cada R$ 1,00 captado pela poupan�a, R$ 0,65 tem de ser para financiamento imobili�rio. Mas como nada dos recursos da poupan�a pode ser usado para a compra de t�tulos, o governo passaria a ter dificuldades para financiar sua d�vida. "Mas esta mudan�a n�o quer dizer, necessariamente, que a taxa de juros ser� reduzida", diz o economista. Para ele, a poupan�a continua com sua rentabilidade assegurada. "Os fundos � que ter�o de reduzir suas taxas de administra��o para se manterem competitivos ou perder�o aplica��o para a poupan�a, mesmo com a mudan�a", diz.

 

 


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