A baixa de 0,4% no emprego industrial em mar�o contra fevereiro e o recuo de 1,2% no n�mero de horas pagas refletem o menor ritmo de produ��o do setor, afirmou nesta sexta-feira o pesquisador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) Fernando Abritta. Segundo ele, o resultado de mar�o sela dois trimestres seguidos de baixa no emprego industrial, em qualquer compara��o. "O ritmo de emprego � resultado direto da queda da ind�stria", disse.
Houve baixa no primeiro trimestre contra o trimestre imediatamente anterior (-0,3%) e com o mesmo trimestre de 2011 (-0,8%). No quarto trimestre de 2011, tamb�m havia sido registrada queda (-0,6%) na compara��o com o trimestre anterior e com o mesmo per�odo de 2010 (-0,4%).
Na semana passada, o IBGE havia divulgado queda de 2% na produ��o no total da ind�stria em mar�o de 2012 contra mar�o de 2011, s�timo resultado negativo consecutivo nesse tipo de compara��o. O emprego divulgado nesta sexta-feira ficou na mesma linha: a baixa de 1,2% � o sexto resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde dezembro de 2009 (-2,4%).
J� o n�mero de horas pagas em mar�o de 2012 contra mar�o de 2011 recuou -1,5%, a s�tima taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto e a mais intensa desde novembro (-1,6%).
"O n�mero de horas pagas segue tend�ncia do pessoal ocupado, que est� negativo (-0,4%) no acumulado dos �ltimos 12 meses. O pessoal ocupado ainda est� em alta de 0,2% em 12 meses, mas se continuar desacelerando, em breve, estar� negativo", afirmou.
A folha salarial, apesar do resultado negativo de 0,7% em mar�o contra fevereiro, mant�m um cen�rio positivo, diz Abritta. Segundo ele, a queda foi influenciada por pagamento de participa��o nos lucros do setor extrativo em fevereiro (21,68%) que deixou a base de compara��o alta no m�s anterior. N�o fosse a baixa de 7,8% registrada na folha do setor extrativo de fevereiro para mar�o, a folha teria crescido 0,6%. "Quem est� empregado, est� bem."