O primeiro semestre ser� um dos piores da hist�ria para a ind�stria brasileira, afirmou, nesta sexta-feira, o secret�rio executivo do Minist�rio do Desenvolvimento, Com�rcio e Ind�stria (MDIC), Alessandro Teixeira. "Falar em competitividade no cen�rio atual � dif�cil n�o s� para o Brasil, mas para todos os pa�ses industrializados", disse Teixeira, citando a desacelera��o do com�rcio exterior da China como uma preocupa��o geral. Teixeira participa do semin�rio Pol�tica Industrial no S�culo 21, no BNDES, no Rio de Janeiro.
Indagado sobre o efeito da recente disparada do d�lar sobre o setor industrial, Teixeira disse que ela beneficiar� v�rios segmentos, mas para aqueles que dependem da importa��o de insumos haver� certamente algum comprometimento da cadeia.
"N�o existe c�mbio de equil�brio. Quem disser que h� um c�mbio de equil�brio est� mentindo", afirmou. "O c�mbio bom depende do segmento". Para o secret�rio, a quest�o crucial para a ind�stria � a redu��o da volatilidade cambial, que permite ao setor privado se planejar para investir.
O executivo do MDIC citou setores que vinham sofrendo concorr�ncia desleal de produtos importados, como cal�ados, confec��es e cer�mica, como os que j� t�m sentido impactos positivos do d�lar mais valorizado e melhorado sua competitividade.
Apesar do cen�rio global confuso e dos p�fios resultados da ind�stria nacional, Teixeira diz que se mant�m otimista em rela��o � evolu��o das exporta��es e da ind�stria. "Continuo afirmando que este deve ser um dos piores semestres que a ind�stria dever� ter com certeza. Mas, ainda assim, mesmo sendo um semestre dif�cil, porque � dif�cil para a ind�stria mundial, para a ind�stria brasileira, eu tenho sido muito otimista com os resultados que temos apresentado, no crescimento da ind�stria internamente, no crescimento das exporta��es".
At� o primeiro quadrimestre, as exporta��es nacionais cresceram 4,5%, o que seria um indicativo frente � proje��o do MDIC de alta de 3,1% das vendas externas em 2012. A estimativa, entretanto, � muito inferior ao crescimento de 26% conseguido pelas exporta��es em 2012. O cen�rio global explica a dist�ncia entre as previs�es para os dois anos acredita Teixeira. "A grande diferen�a este ano � o problema da desacelera��o da economia internacional".